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Monte Verde: Gastronomia das montanhas em Minas Gerais

11 Ago 2018 - 06h00Por (*) Eduardo Henrique Ferin da Cunha
Monte Verde: Gastronomia das montanhas em Minas Gerais - Crédito: (*) Eduardo Henrique Ferin da Cunha Crédito: (*) Eduardo Henrique Ferin da Cunha

O DISTRITO DE MONTE VERDE

Monte Verde é um pequeno distrito do município de Camanducaia em Minas Gerais, localizado na Serra da Mantiqueira a 1500m de altitude, o que confere à localidade um clima ameno no verão e frio intenso no inverno, ideal para curtir momentos românticos.

A AVENIDA MONTE VERDE: UM DESFILE DE CORES E REQUINTE

Tudo acontece na Avenida Monte Verde, a principal do distrito. Um verdadeiro desfiles de cores simbolizado pela decoração de flores nas calçadas, muita gente bonita andando com vestuário elegante (sobretudo no inverno) e um colorido especial dos estabelecimentos: restaurantes e lojas que para atrair os clientes usam recursos de iluminação artificial.

A GASTRONOMIA DE MONTE VERDE

O principal destaque de Monte Verde é a gastronomia requintada, inspirado em países europeus. Para experimentar as delícias dessa variedade, passamos por vários tipos de culinária, aos quais citarei abaixo.

Um dos destaques da região é o Paulo das Trutas (http://www.paulodastrutas.com.br/) o principal estabelecimento do distrito que trabalha exclusivamente com pratos elaborados a partir de trutas. O proprietário mantém um trutário artesanal e um restaurante especial, onde elabora verdadeiras obras primas da gastronomia. A nossa pedida foi uma Truta ao molho Roqueforte, ideal para duas pessoas.

No jantar, Aline e eu decidimos que iríamos experimentar a fondue de Monte Verde, um de nossos pratos preferidos. Após várias pesquisas (afinal a maioria dos restaurantes de Monte Verde servem a iguaria), escolhemos o Restaurante Marcius e nos deliciamos com uma foundue muito bem elaborado com queijos especiais acompanhado de pão italiano em um ambiente elegante à luz de velas. E claro, aproveitei para experimentar a cerveja Weizen do Fritz

No dia seguinte continuamos a nossa busca por experimentar as delícias gastronômicas. Almoçamos no tradicional restaurante Fritz (http://www.fritzcervejariaartesanal.com.br/) tradicional cervejaria estilo alemã com franquias em todo o Estado de São Paulo. No local experimentamos um prato tradicional chamado Klaus que continha salsichão, pão de alho, bretzel e o pastel de Einsbein. O estabelecimento é excelente e referência de gastronomia, porém o atendimento em Monte Verde deixou a desejar.

Após o almoço, Aline estava com vontade de experimentar um Apfelstrudel (torta de maça) e escolhemos um lugar especial chamado Maça Crocante (https://www.facebook.com/pages/Ma%C3%A7%C3%A3-Crocante/253460204833158) uma cafeteria e casa de chá tradicional que servem deliciosos produtos. O mais interessante é que eles avisam com uma placa a hora da próxima fornada de strudel e todo mundo esperar para experimentar essa iguaria. Conosco não foi diferente.

No jantar novamente estávamos em busca de novidades. Gostamos muito do Marcius Restaurante que resolvemos voltar lá, porém experimentarmos outros pratos. Aline pediu uma sopa de queijo no pão italiano e eu uma truta como molho de pinhão (outro produto típico local).

PASSEIOS EM MONTE VERDE

Para quem gosta de aventura, Monte Verde proporciona inúmeros atrativos, sobretudo naturais, dentre os quais destacam: trilhas no Pico do Selado, Pedra Partida e Pedra Redonda, além de passeios de jipe, quadriciclo e mountain bike.

Aline e eu preferimos, entretanto, outros passeios, como um Passeio a Cavalo de 1 hora no Haras Encanto Horse Monte Verde. Apesar de achar o preço um pouco alto (R$ 70,00 por pessoa) o passeio foi muito gostoso e percebe-se o bom tratamento ao animal. Nesse passeio pudemos conhecer um pouco mais da pequena vila de Monte Verde, pois cavalgamos por vários pontos turísticos e outras ruas.

Outro passeio que fizemos e que eu aconselho todos a fazer é o Fritz Tour.  O Fritz Tour é uma imersão no mundo das microcervejarias artesanais, roteiro obrigatório para quem passeia pela bela e aconchegante cidadela de Monte Verde ao sul de Minas Gerais. O percurso é apresentado em aproximadamente 35 minutos pelo nosso braumeister Jörg Franz Schwabe e, ao final do roteiro, você ganha de lembrança uma cerveja (Natur ou Dunkel). Fonte: http://www.fritzcervejariaartesanal.com.br/fritz-tour/

Aos finais de semana eles agendam passeios a cada 1 hora e o valor é de R$ 35,00 por pessoa, mas está incluso a degustação de cerveja e uma garrafa brinde.

HOSPEDAGEM EM MONTE VERDE

O distrito de Monte Verde possui inúmeras opções de hospedagem: desde hotéis luxuosos até as pousadas mais simples. Nos hospedamos em um hotel classe média, entretanto ficamos em um chalé na montanha, com lareira no quarto e vista para a Serra da Mantiqueira. O hotel que nos hospedamos chama-se Ninho do Falcão (http://www.ninhodofalcao.com.br/) e nos agradou muito, apesar de considerar o preço muito alto pelo pouco serviço incluído, porém o chalé com lareira proporcionou um clima romântico, além claro do excelente café da manhã

ASPECTOS NEGATIVOS

Apesar de ter gostado muito de Monte Verde, o destino não me surpreendeu. E os motivos foram:

  1. O descaso do poder público: quem anda pelas ruas de Monte Verde, percebem a deterioração do asfalto (isso quando existem): ruas esburacadas, falta de calçadas e pouca infraestrutura. Percebe-se o descaso do poder público em cuidar do distrito. Ouvi dizer que o motivo é deixar o local mais “bucólico”... Isso é desculpa! É incompetência mesmo!
  2. Péssimo atendimento: na maioria dos estabelecimentos o atendimento é péssimo. Nota fiscal? É item de luxo: a sonegação fiscal impera na cidade. Atendentes secos (isso é até normal). Em um dos restaurantes (não vou citar o nome) fui embora e deixei a fondue que estava azedo (foi a pior fondue que eu já experimentei e nem consegui comer). Em um dos principais restaurantes de culinária típica alemã (também não vou citar o nome) com franquias em várias cidades, a demora no atendimento demorou quase uma hora: pedido trocado, mais de 1 hora para chegar um simples chopp. Pedimos duas porções: uma veio mais rápido pois um grupo que havia pedido antes foi embora, e então ele deixou conosco e a outra porção, desistimos e fomos embora. Acredito que há necessidade de treinamento das equipes.
  3. Preços altos: não dá para negar que Monte Verde é bonito, mas os preços estão fora do padrão brasileiro e até mesmo europeu. Pela hospedagem, gastei mais na diária de um chalé do que em hotéis em Paris, Zurich e Roma. E o serviço não é tão diferenciado. A gastronomia é fantástica, mas os preços são altíssimos.

OUTROS DESTAQUES

Obviamente, além do frio, que foi o que mais nos atraiu ao destino (pelo menos para mim, pois Aline não gosta muito de frio), no distrito e sobretudo, na Avenida Monte Verde há uma infinidade de lojas de chocolate, com destaque para a Gressoney, artesanato, vestuário, lojas de souvenirs (compramos um esquilo símbolo de Monte Verde) e claro, inúmeros empóriuns de queijos, licores e doces. No distrito existem várias galerias as quais vale a pena entrar para conhecer as variadas opções. Nas ruas, o estacionamento é concorrido, mas há vários particulares com preço que eu considero justo (R$ 10,00 o período).

Em resumo, Monte Verde é um destino muito interessante a se visitar, sobretudo na alta temporada (inverno), mas cuidado com os preços: são elevados!

Faço um convite para visitar o meu site: www.caminhosdoturismo.com.br ou acompanhar as minhas redes sociais: facebook.com.br/sitecaminhosdoturismo e instagram.com/caminhosdoturismo. Assista também aos vídeos no meu canal no youtube.com/caminhosdoturismo.  Nelas vocês vão encontrar dicas de atrativos turísticos, hospedagem, gastronomia, enologia e eventos.

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SOBRE O AUTOR

Eduardo Henrique Ferin da Cunha, Mtb nº 0081757/SP, 42 anos, casado com Aline Luz, pai de uma menina de 18 anos, a Gabrielle. Apaixonado por viagens, vinhos, gastronomia e fotografia. Graduado em Marketing pela Universidade Paulista, pós-Graduado em Gestão de Marketing pela Unicep São Carlos; em Educação Profissional e em Gerenciamento de Projetos - Práticas do PMI pelo Senac São Paulo. Possui extensão em Gestão do Terceiro Setor, Desenvolvimento Local, Rede Social pelo Senac São Paulo e The Johns Hopkins University. Tem formação em Turismo Sustentável e Desenvolvimento Local e em Áreas Rurais pelo Centro Internacional de Formação da OIT Turim. Atua como mediador, agente de desenvolvimento local e em projeto de Regionalização de Turismo em 21 cidades do Estado de São Paulo. Experiência em Desenvolvimento Turístico, Marketing, Empreendedorismo, Gestão de Projetos Sociais, Rede Social, Desenvolvimento Local e Responsabilidade Social Empresarial.

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