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Língua Brasileira de Sinais e o Interprete de Libras: fatores fundamentais de inclusão

27 Jul 2021 - 18h05Por Bruno Zancheta
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O mundo globalizado em que vivemos, está a exigir uma visão universal e uma ação local, individualizada. Em função dessa nova demanda diversas ferramentas têm sido elaboradas e disponibilizadas, para a inclusão e a socialização e de maneira destacada, daquelas com limitações físicas. Neste artigo, especificamente, gostaria de destacar dois fatores fundamentais: a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, o instrumento interativo e, o Intérprete de Libras, o agente da ação integradora. Segundo dados do IBGE, temos em nosso país, aproximadamente 10 milhões de deficientes auditivos sendo que deste percentual, 2,7 milhões não tem audição nenhuma, e utilizam, como recorrência, a linguagem de sinais, LIBRAS para se comunicarem. Cabe ressaltar que em sua esmagadora maioria, os cursos de graduação em nosso país, em sua grade curricular, contam com o ensino de LIBRAS para todos os alunos, como mais um instrumento de inclusão e visibilidade da Língua Brasileira de Sinais em nossa sociedade.

Em suma, a Língua Brasileira de Sinais é uma modalidade de comunicação e expressão, gestual e visual, com estrutura gramatical própria, utilizada pelos deficientes auditivos para comunicação, através de gestos corporais e expressões faciais, possuindo fonologia, sintaxe, morfologia e semântica, sendo uma ferramenta fundamental de inclusão.     Ela foi sancionada e promulgada como lei apenas no ano de 2002, Lei Federal 10.436, de 24 de Abril de 2002. Esta Lei é uma importante conquista não só para as pessoas com deficiência. De fato, um novo espaço de integração social e de acesso às comunicações se abre através da possibilidade de se tomar conhecimento com a realidade e com as demais pessoas com que elas se relacionam. Mesmo que tardiamente, cabe reconhecer que a sociedade está avançando para esta questão de fundamental importância.

Cabe destacar que cada comunidade desenvolveu a sua própria linguagem de sinais por força de sua própria linguagem nacional. Assim, a Língua Brasileira de Sinais é diferente da “Lengua de Señas Argentina”, por exemplo.  O desenvolvimentista da ação integradora com e entre pessoas com deficiência é aquele que desempenha o papel do ator principal: o intérprete de libras. O papel de intérprete no quesito ensino-aprendizagem é fundamental, haja vista, sua participação direta e empenhada, como protagonista nos espaços educacionais e sociais. Neste mês e, de forma muito especial, comemora-se o Dia Nacional do Intérprete de Libras, em 26 de Julho, uma valorização justa e necessária. 

     Mais do que incluir e socializar, o intérprete de libras, assim como o educador especial, tem a função de dirimir dúvidas, aproximar conceitos, e ser o elo de ligação entre a pessoa com deficiência e seus saberes e descobrimentos educacionais.

    Olhando para um passado não tão distante no que diz respeito ás pessoas com deficiência, podemos dizer que estamos caminhando a passos ainda lentos para uma sociedade mais justa e inclusiva e neste sentido, a LIBRAS e o intérprete são fatores fundamentais nesse processo.


* O autor é Vereador da Cidade de São Carlos, Professor da Rede Estadual de Ensino, Cientista Político, Cientista Social e Antropólogo pela UFSCar- Universidade Federal de São Carlos. Graduando em História pela UNIP-Universidade Paulista. É colunista dos sites: São Carlos Agora, Sucesso São Carlos, Região em Destake, São Carlos Dia e Noite, dos Jornais “Gazeta Central” e da Revista Ponto Jovem. Idealizador e Coordenador da Ação Social “Unidos Somos Fortes”. 

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