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É momento de profissionalizarmos a Gestão Pública

29 Jun 2020 - 09h05Por Bruno Zancheta
É momento de profissionalizarmos a Gestão Pública -

Um recado nos é dado de forma clara, praticamente a cada ação dos gestores públicos, ou seja, a de que precisamos profissionalizar a gestão pública. Quando falamos de ocupantes de cargos públicos, assistimos todos os dias nos noticiários, atitudes dos gestores públicos, que chegam a ser desconexas e, o que nos leva a pensar que a causa principal se deve a um fator principal: a falta de preparo, de conhecimento da máquina pública, no que se refere à legislação e aos princípios administrativos, que via de regra, se somam às más condutas e ao desrespeito à ética. Parafraseando Alzira Vargas, filha do presidente Getúlio Vargas: “quando falamos de quaisquer outras funções poucas pessoas se mostram preparadas, porém quando falamos de administrar a máquina pública todo mundo se sente preparado”. Ser administrador de uma instituição privada, de um patrimônio familiar, não se equipara e nem se equivale e muito menos não credencia por si só, nenhum individuo, a ser um bom gestor.

Trazendo à luz um exemplo para que deixemos mais claro: se precisarmos realizar uma cirurgia procuramos um médico de nossa confiança para que ele a faça ou entregamos o bisturi na mão de alguma pessoa, que não reúne conhecimento algum? Infelizmente, em muitos casos somos operados, ou melhor, no caso aqui, governados, por oportunistas ou patrimonialistas que são leigos no conhecimento da coisa pública, mas que se colocam quase sempre como disponíveis.

Entender os meandros da gestão pública vai muito além, dada a sua complexidade e interfaces. Para ilustrar, temos, por exemplo, a lei de responsabilidade fiscal, nº 8666/1993, que limita as ações do poder público e visa impedir que gestores tomem ações e decisões ao seu bel prazer. Ela abrange as ações que se relacionam às licitações, ao pregão eletrônico, enfim, às modalidades que estão inseridas nas responsabilidades diretas do poder público e que constituem o rol de atribuições que estão neste emaranhado de leis e projetos que tramitam todos os dias nas cidades brasileiras. Até que ponto se mostram eficientes e eficazes no controle das decisões executivas? 

Profissionalizar a gestão pública significa escolhermos para nos representar em quaisquer esferas de poder (municipal, estadual ou federal) pessoas que reúnam condições, preparo e gabarito para a função que lhe será determinada através do sufrágio universal das urnas. Por ocasião do pleito que se aproxima, cabe ressaltar que é o momento de se se escolher rigorosamente, pessoas que entendam do riscado, que tenham vocação, capacitação, aptidão e mais, compromisso com o bem comum. É claro que o bom gestor precisa ser honesto, estar atualizado de tudo que acontece, ser inovador e persistente. Diante disso tudo fica clara, a importância e ao mesmo tempo a responsabilidade do eleitor, na atual circunstância crítica em que vive o Brasil, pois caberá a ele decidir quem decidirá o futuro iremos seguir e para onde iremos caminhar. Cuidado então para não assinar “cheque em branco”, dando plenos poderes para que se tomem decisões que irão lhe afetar por muito tempo, em seu nome!  

 Agradeço ao São Carlos Agora pelo espaço, deixo um até breve, estarei me afastando dos artigos de nossa coluna por um tempo em razão de compromissos previamente assumidos. Um agradecimento especial a todos vocês, leitores, que nos dão a honra de prestigiar com suas opiniões, sugestões e críticas.

 

* O autor é Professor da Rede Estadual de Ensino, Cientista Político, Cientista Social e Antropólogo pela UFSCar-Universidade Federal de São Carlos. Graduando em História pela UNIP -Universidade Paulista, Assessor Parlamentar e apaixonado pela vida. É colunista dos sites: São Carlos Agora, Sucesso São Carlos, Região em Destake, São Carlos Dia e Noite, dos Jornais “Primeira Página”, “Gazeta Central” e da Revista Ponto Jovem. Idealizador e Coordenador da Ação Social “Unidos Somos Fortes” e um blog em seu site: brunozancheta.com.br.

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