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Dia Mundial de Conscientização ao Autismo: O que temos a refletir e como podemos agir?

19 Abr 2021 - 12h38Por Bruno Zancheta
Dia Mundial de Conscientização ao Autismo: O que temos a refletir e como podemos agir? -

O dia 02 de abril é uma data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas), a partir do ano de 2007, como o Dia Mundial de Conscientização ao Autismo, e a cada ano, uma consideração específica sobre o tema é intensamente trabalhado. Diversas atividades são realizadas ao longo deste mês, e os principais monumentos, das grandes cidades do mundo, são iluminados com a cor azul.

Esse dia é um marco da maior significância para que as pessoas possam se solidarizar com esta causa e, mais do que isto, para aprofundarmos nossa reflexão também em questões correlacionadas, sendo elas, a questão da acessibilidade e da inclusão. Vale ressaltar quando falamos de inclusão, não estamos apenas falando da questão educacional e sim de todos os fatores sociais que estão envolvidos para que crianças e jovens com autismo sejam devidamente incluídos.De fato, falamos, mais do que inclusão, na efetiva integração funcional e social.

O TEA (Transtorno Espectro Autista) não tem um padrão de desenvolvimento, sendo possível observá-lo em diferentes casos,podendo ser percebido logo na infância. É importante salientar que as pessoas com TEA podem viver de maneira totalmente independente ou necessitar de atenção em atividades cotidianas, por isso, utilizamos o termo espectro. O tratamento frequentemente utilizado são as terapias que auxiliam no desenvolvimento. Os dados do Governo Federal apontam que existe em nosso país, dois milhões de pessoas com TEA, e este transtorno atinge 2% da população mundial. Cerca de 10% deste número apresentam grandes habilidades na música, na matemática, na memória, etc.

Assim sendo, afinal, o que temos a refletir? Em primeiro lugar, precisamos refletir enquanto sociedade sobre o conhecimento relativo ao transtorno espectro autista, que afeta não só crianças, mas que impacta em sua família e todo seu derredor. Nesse caso, o grande desafio é tornar possível e viável a convivência inclusiva e integradora em sociedade sem que sofram, além de suas dificuldades, os preconceitos.

Mais do que isso, este é momento de ação, pois somente a reflexão não basta! Ação para que tenhamos verdadeiramente a inclusão dessas pessoas portadoras de limitações, ação para que adultos com TEA que foram negligenciados em sua infância, possam vir a serem acolhidos e cuidados. Ação para que tenhamos um diagnóstico realista dos cenários e condições efetivas de atendimento desta demanda, voltadas ao autista, realmente saiam do papel e venham para a prática, de modo a proporcionarem uma junção harmoniosa e construtiva entre reflexão e ação, para que seus efeitos vigorem já no curto prazo. Só assim poderemos vislumbrar um horizonte mais iluminado e construtivo, diferentemente da incipiência atualmente verificada. 


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