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Artigo Edgard Andreazi: Planejamento! Porque Começar certo pode facilitar as coisas

30 Jan 2017 - 05h44Por (*) Edgard Andreazi
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Pode parecer jargão de palestra de treinamento ou programa de qualidade, mas, muito mais que isso é uma orientação relacionada a economia, em todos os sentidos: Tempo, dinheiro e principalmente na avaliação de resultados, sejam eles quais forem. Se positivos, ótimo! Se contrários aos desejados, que se identifiquem rapidamente as necessárias providências a serem tomadas no redirecionamento do empreendimento.

Desde a década de 60 convivemos com programas de organização que de uma forma ou de outra sempre visam arrumar o que estamos fazendo errado. As denominações mudaram em média a cada dez anos, reengenharia nos anos setentas; organização e métodos nos anos oitentas, qualidade total na década de 90 e mais recentemente, certificação ISO. Esta última rompendo a barreira de 10 anos, integrando o conceito de organização dentro da nossa cultura do empreendedorismo, uma questão comportamental também relativamente nova. Empreendedorismo não é algo que faz parte da nossa cultura. Sei que muitos e com razão, poderão ser contrários a essa afirmação, considerando que grandes empreendimentos foram realizados por nossos colonizadores italianos, portugueses, japoneses, sírios Libaneses e outros imigrantes, que aqui muito mais fizeram além do que substituir a mão de obra escrava abolida no final do século XIX.

Logo depois das duas grandes guerras, quando o mundo teve que se reinventar, esquecemos um pouco da coragem destes nossos antecessores empreendedores e nos rendemos ao consumismo, principalmente as ideias norte-americanas. Moda, música, carro, tudo mais, sendo MADE IN USA, se tornava referência. Os nascidos nas décadas de 50, 60 e 70 eram abençoados pelos pais com votos de que se tornassem médicos, funcionários do Banco do Brasil ou que seguissem uma brilhante carreira militar. O engajamento social através do caminho político não fazia parte do contexto da sociedade comum, sendo destinado a poucos privilegiados herdeiros do sistema coronelista que ainda impera. O empreendedorismo brasileiro não fazia parte de um processo da educação e cultura, foi colocado no dicionário do mercado moderno por conta da necessidade de sobrevivência causada pelas sucessivas crises econômicas que afetam o emprego ou a rebeldia provocada por uma relação trabalhista que nunca valorizou o desenvolvimento da mão de obra.

O preço de tudo isso?  Novas quatro, cinco, seis décadas ou ainda muitas mais, tentando reorganizar tudo aquilo que começamos errado.

Não há dúvida que existam muitos casos de empreendedorismo nato, situações singulares que não são afetadas pela política, regimes tributários e excesso de legislação, mas na maioria absoluta dos casos, este tripé da organização pública que não facilita em nada o desenvolvimento dos pequenos negócios, atrelados a nossa cultura da estabilidade e seguridades do emprego formal, ou ainda o enveredamento ao caminho do próprio negócio como única alternativa de obtenção de renda, certamente são os responsáveis pela criação de ações equivocadas no início dos novos projetos.

Muito distante de uma pregação negativista ao desenvolvimento de novas ideias, mas entender que esse é um caminho repleto de desafios e dificuldades deveriam ser obrigatoriamente a primeira página do manual do empreendedor, as demais, um planejamento rigoroso, exequível e principalmente mensurável.

As informações acima são de total responsabilidade do autor.

Foto: Divulgação(*) O autor, 52 anos, Empresário de Contabilidade, Graduado pelo Centro Universitário Claretiano, Pós-graduado em Administração Pública Municipal pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - Unirio. e-mail - edgard@andreazimoreira.com.br, Facebook - Edgard Andreazi Moreira

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