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Amigdalite

28 Nov 2019 - 07h00Por (*) Paulo Rogério Gianlorenço
Amigdalite -

A amigdalite corresponde à inflamação das amígdalas, que são gânglios linfáticos presentes no fundo da garganta e que têm como função defender o organismo contra infecções de bactérias e vírus. A amigdalite é uma inflamação geralmente aguda, mas que também pode ser crónica, das amígdalas palatinas por bactérias (geralmente estreptococos) ou por vírus.

As Amígdalas quando inflamadas causa inchaço, pus, mau hálito, dor de garganta e até febre. É uma doença que pode afetar pessoas de qualquer idade, especialmente crianças.

Amígdalas são uma espécie de gânglios linfáticos localizados na parte lateral da garganta e na parte de trás da boca. Elas ajudam a manter bactérias e outros germes longe de locais em que possam causar infecções.

Os sintomas da amigdalite são mais comuns no inverno, época em que o ar seco e aglomeração maior de pessoas em ambientes fechados facilitam a entrada de vírus e bactérias pelas vias aéreas, como a boca.

A dor de garganta (cuja designação clínica é odinofagia) é um sintoma frequente nos nossos dias. Poderá significar um processo inflamatório da orofaringe, isto é, das amígdalas ou da faringe, se a inflamação afetar as amígdalas, estamos perante uma amigdalite no caso afete a faringe, a inflamação será uma faringite aguda.

O tipo de amigdalite pode variar conforme a forma de como a doença é contraída. Os principais tipos são:

Amigdalite bacteriana causada pela infecção de bactérias, a manifestação mais comum dessa forma da doença é a amigdalite estreptocócica é causada pela bactéria Streptococcus pyogenes, mais conhecida como estreptococo do grupo A. As amigdalites bacterianas exigem um tratamento mais específico, com antibióticos.

Amigdalite viral é o tipo mais comum, sendo causada pela infecção de vírus nas amígdalas. Para essa manifestação da doença, o tratamento pode ser feito em casa à base de medicamentos e cuidados simples.

Além disso, existem dois subtipos de amigdalite que são:

Amigdalite crônica é caracterizada por infecções recorrentes, causando dor de garganta crônica, mau hálito e nódulos cervicais persistentes. Neste tipo, podem acontecer até sete episódios de amigdalite em um ano.

Amigdalite aguda apesar do tratamento, a amigdalite aguda durar até duas semanas ou mais. Este subtipo de amigdalite causa a obstrução das vias aéreas devido a amígdalas inchadas, ocasionando dificuldades na respiração, ronco e apneia do sono.

Alguns sintomas são característicos da amigdalite: Amígdalas inchadas e vermelhas, Placas brancas ou amareladas nas amígdalas, Dor de garganta, Dificuldade e dor ao engolir, Febre e Calafrios, Nódulos linfáticos no pescoço, Mau hálito, Dor de cabeça, Dor de ouvidos, Mau estar geral, Tosse seca irritativa e Perda de apetite.

Além disso, pode ser percebida a presença de pontos brancos na garganta, sendo indicativo de pus, este sinal geralmente indica a presença de bactérias e, por isso a amigdalite deve ser avaliada por um médico, já que pode ser necessário iniciar o tratamento com antibióticos. No caso de uma amigdalite viral, normalmente não existe pus e os sintomas são mais leves, podendo ser tratados em casa sem uso de antibióticos.

As amígdalas são a primeira barreira de defesa do sistema imunológico contra bactérias e vírus que entram na sua boca. Esta função pode tornar as amígdalas particularmente vulneráveis a infecções e inflamações, a função do sistema imunológico da amígdala diminui após a puberdade, um fator que pode explicar os raros casos de amigdalite em adultos.

Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento de amigdalite. Confira: Idade, pessoas mais jovens costumam ter mais chances de apresentar a doença do que pessoas mais velhas, geralmente, amigdalite aparece em crianças e pré-adolescentes, Exposição a vírus e bactérias também pode levar à amigdalite, especialmente em crianças que frequentem creches e escolas.

A amigdalite é contagiosa, principalmente quando se trata de amigdalite viral, por isso, para evitar a transmissão da doença, é aconselhado tossir sempre com um lenço na boca ou colocar o antebraço na frente da boca quando for tossir, lavar bem as mãos, não compartilhar toalhas, pratos, copos e talheres. A transmissão da amigdalite ocorre pelo contato direto com gotículas de saliva da pessoa contaminada, principalmente quando a saúde da pessoa encontra-se enfraquecida como ocorre no caso de bebê e idosos, e por isso estes devem manter distâncias dos contaminados.

Especialistas que podem diagnosticar a amigdalite são: Clínico geral e Otorrinolaringologista. Procure um especialista se estiver com dor de garganta por mais de 24 horas e se ela vier acompanhada de dificuldade de deglutição, sensação de cansaço, fadiga, febre e/ou fraqueza.

Amigdalite tem cura, sim. Os sintomas de amigdalite costumam desaparecer de dois a três dias depois do início do tratamento em casos mais simples, a infecção geralmente é curada após o término do tratamento, mas algumas pessoas podem precisar de mais um ciclo de antibióticos, as complicações causada por estreptococos, se não tratadas, podem ser graves.

Crianças com amigdalite associada à infecção estreptocócica ou à faringite devem geralmente resguardar em casa até que tenham tomado os antibióticos por 24 horas. Isso ajuda a reduzir a transmissão da doença, alguns casos, a cura necessita de cirurgia para remoção das amígdalas.

O tratamento para amigdalite é feito basicamente com medicamentos, se for uma amigdalite simples, o médico poderá prescrever remédios anti-inflamatórios, que irão combater a inflamação, além de proporcionar alívio da dor. No entanto, em outros casos é preciso fazer o tratamento a base de antibióticos, quando a condição é crônica ou recorrente, é frequentemente recomendado um procedimento cirúrgico para remover as amígdalas.

A indicação cirúrgica surge quando se tem um número elevado de amigdalites, hipertrofia amigdalina que leve a síndrome de apneia obstrutiva do sono, suspeita de neoplasias ou história de complicação de amigdalite. Existem diferentes técnicas para amigdalectomia, sendo as mais frequentes a por dissecção fria, dissecção por eletrocauterização, LASER, Coblation e Radiofrequência.

O tratamento das amigdalites agudas depende de: Idade, condições gerais de saúde e antecedentes, Extensão da infeção, Tipo de infeção, Tolerância do paciente para medicamentos e procedimentos médicos, Evolução da infeção, Os tratamentos podem ser médicos (com medicamentos) ou cirúrgicos, dependente da causa, extensão, repetição ou severidade dos quadros.

Beber bastante água, aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C e dar preferência ao consumo de alimentos líquidos ou pastosos também ajuda a controlar melhor a doença. Lave as mãos frequentemente são a principal porta de entrada para muitos vírus e bactérias, Evite compartilhar itens de uso pessoal, como talheres e escovas de dente, Evite compartilhar alimentos, copos, garrafas ou utensílios, Substitua a escova de dentes após ter sido diagnosticada com amigdalite, Mantenha-se em casa enquanto estiver doente, Pergunte ao seu médico quando pode voltar a trabalhar ou estudar.

(*) O autor é graduado em Fisioterapia pela Universidade Paulista Crefito-3/243875-f Especialista em Fisioterapia Geriátrica pela Universidade de São Carlos e Ortopedia.

Esta coluna é uma peça de opinião e não necessariamente reflete a opinião do São Carlos Agora sobre o assunto.

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