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Vinte e nove médicos cubanos devem deixar de atender a população em São Carlos

16 Nov 2018 - 10h23Por Redação São Carlos Agora
Vinte e nove médicos cubanos devem deixar de atender a população em São Carlos - Crédito: Arquivo/SCA Crédito: Arquivo/SCA

O governo de Cuba informou na última quarta-feira (14) que deixará de fazer parte do programa Mais Médicos. A justificativa do Ministério da Saúde cubano é que as exigências feitas pelo governo eleito são “inaceitáveis” e “violam” acordos anteriores. O presidente eleito Jair Bolsonaro disse, na sua conta do Twitter, que a permanência dos cubanos está condicionada à realização do Revalida pelos profissionais, que é o exame aplicado aos médicos que se formam no exterior e querem atuar no Brasil. 

Em São Carlos existem 29 profissionais cubanos que atuam em unidades básicas de saúde e da família.

A Prefeitura Municipal, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que até o momento não recebeu nenhum comunicado do Ministério da Saúde em relação a permanência ou não dos médicos em São Carlos.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse no mesmo dia do anúncio do governo cubano em deixar o Mais Médicos, que manterá o programa e vai substituir os cerca de 8.500 profissionais cubanos por brasileiros ou estrangeiros. Ele afirmou que os cubanos que quiserem atuar no país devem revalidar os diplomas. "Estamos formando, tenho certeza, em torno de 20 mil médicos por ano, e a tendência é aumentar esse número. Nós podemos suprir esse problema com esses médicos. O programa não está suspenso, [médicos] de outros países podem vir para cá. A partir de janeiro, pretendemos, logicamente, dar uma satisfação a essas populações que serão desassistidas."

O presidente eleito acrescentou que sempre foi contra o programa por discordar do modelo de contratação dos profissionais cubanos. Segundo ele, há um tratamento "desumano" por parte das autoridades em relação aos médicos. Como exemplo, Bolsonaro citou o fato de alguns profissionais virem para o Brasil, mas deixando as famílias em Cuba.

"Não é novidade para nenhum de vocês, quando chegou a medida provisória na Câmara, há cerca de quatro anos, eu fui contra o Mais Médicos por alguns motivos que agora tornam-se mais claros. Primeiro, pela questão humanitária. É desumano você deixar esses profissionais aqui afastados de seus familiares. Tem muita senhora aqui que está desempenhando essa função de médico e seus filhos menores estão em Cuba."

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