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Vereadores vão instaurar uma CPI para investigar irregularidades na Prefeitura

06 Jun 2016 - 16h19Por Redação
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

Os vereadores de São Carlos decidiram que irão instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as irregularidades nas contas da Prefeitura, polêmica que preocupa a população desde a última sexta-feira (3). A decisão se deu após uma reunião entre os vereadores e que se estendeu por toda a manhã desta segunda-feira (6). Após as discussões houve uma coletiva com a imprensa.

O presidente interino da Câmara, vereador Marquinho Amaral, afirmou que a maioria optou pela abertura de uma CPI para investigar o "desvio misterioso e criminal de R$ 375 mil reais dos cofres da Prefeitura".

Ressaltou ainda que a Câmara está cumprindo o seu papel de fiscalizador dos atos do Executivo. "Com 20 vereadores presentes em uma reunião de mais de três horas na sala da presidência da Câmara decidimos abrir uma CPI para apurar o caso e verificar se há fatos relacionados disso com as compras diretas da Prefeitura, entre outras denúncias", disse Marquinho. Segundo ele, a Câmara não irá se omitir no momento em que a cidade mais precisa e parabenizou a todos os vereadores que, "independente de questões partidárias demonstram enorme preocupação com essas irregularidades (...) um desrespeito com o dinheiro da população de São Carlos".

CPI

Marquinho informou ainda que a maioria dos vereadores decidiu pela abertura da CPI e não de uma Comissão Processante. "Não queremos fazer uma devassa na Prefeitura, queremos investigar os fatos, apurar se desse desvio ocorreram outros desdobramentos. Não podemos condenar o prefeito ou qualquer pessoa antes das investigações", completou. Marquinho acrescentou ainda que, apesar de ser oposição ao prefeito, na "Câmara ele deve atuar como um juiz, sem julgar, apurando com cuidado".

Em um consenso entre os vereadores ficou definido que o presidente da CPI será o vereador Roselei Françoso (Rede). O vereador Ronaldo Lopes (PT) será o relator da comissão, já os vereadores Eduardo Brinquedos (PSC), Maurício Ortega (PSDB) e Dé Alvim (Solidariedade) serão membros dos referidos partidos na CPI.   

O CASO

Na última sexta-feira (3) o prefeito Paulo Altomani fez algumas denúncias de irregularidades na Secretaria de Fazenda.

O chefe do Executivo registrou um boletim de ocorrência para denunciar um possível esquema de desvio de dinheiro público. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) solicitou um levantamento do caixa da Prefeitura e encontrou pelo menos dez cheques sem fundo e indícios de que R$ 375 mil foram desviados dos cofres públicos. Paralelamente, a Prefeitura abriu uma sindicância e constatou as irregularidades, e exonerou os servidores possivelmente envolvidos.

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