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quinta, 15 de maio de 2025
Semana Santa

Venda de peixes salta até 30% em São Carlos

Setor está movimentado desde a semana passada, mais muitos consumidores fazem as famosas "compras de última hora"

17 Abr 2025 - 10h10Por Marco Rogério
A variedade de peixes: consumidores mantém a tradição e vão às compras de última hora - Crédito: Marco Rogério A variedade de peixes: consumidores mantém a tradição e vão às compras de última hora - Crédito: Marco Rogério

As peixarias de São Carlos estão comemorando a alta nas vendas de pescados nesta Semana Santa. A data é a melhor do ano para o setor e costuma alavancar os negócios. Os empresários do setor afirmam que houve um incremento de até 30% no comércio de peixes nas festividades deste ano. 

O empresário José Roberto Messali, da Peixaria Central, afirma que as vendas aumentaram 30% com relação a 2024. "As vendas começaram a crescer na semana passada, logo após o pagamento salarial do quinto dia útil e continuou em alta esta semana. Muitos compram para congelar e consumir esta semana", destaca ele.

José Carlos Messali: "o bacalhau está mais caro, pois segue a variação do dólar, mas já vendemos mais de uma tonelada de peixe da semana passada para cá". Foto Marco Rogério

Quanto aos preços, Messali destaca que o bacalhau sofreu um aumento de 25% no valor devido à alta do dólar. "Temos vários preços de bacalhau, variando de R$ 75 a R$ 250. Mas a verdade é que sobrou muito pouco, pois nesta Semana Santa vendemos mais de uma tonelada de pescados." Segundo ele, o filé de merluza pode ser encontrado a R$ 29,90, a tilápia a R$ 49 e a pescada a R$ 35.

Na manhã de quarta-feira, 16 de abril, havia fila de consumidores na Peixaria São Carlos, no Mercado Municipal. O gerente Paulo Barbosa comentou que os peixes mais procurados foram o bacalhau, o salmão e a tilápia. Segundo ele, as vendas foram 20% maiores este ano em comparação com o ano passado. "As vendas estão muito boas, pois a Semana Santa é uma antiga tradição que se mantém", afirma.

A gerente administrativo-financeira Gisele Aparecida Izidoro afirma que comer peixe na Sexta-Feira Santa é um costume de família. "Todo ano a gente compra, pois o peixe faz parte do cardápio desta data importante."

Já a doméstica Sonia Aparecida Costa afirma que é evangélica e que não tem problemas em comer carne vermelha nestas datas. Porém, como o marido é católico, ela acabou cedendo à tradição religiosa do parceiro. "Eu comprei peixe para agradá-lo, pois ele segue esta tradição há muito tempo", ressalta.

A fila na Peixaria São Carlos para garantir o prato típico da Sexta-Feira Santa: consumidores fiéis à tradição. Foto Marco Rogério 

Otimismo no setor de pescados

Uma pesquisa inédita do Instituto Fecomércio-DF revela que 79% dos comerciantes projetam um desempenho melhor nas vendas de pescados para a Semana Santa de 2025.

Desses, 47% estimam um crescimento de até 10% no volume de vendas, enquanto 44,2% esperam um aumento entre 10% e 20%. Outros 18% acreditam que o desempenho será semelhante ao registrado em 2024 e apenas 3% preveem queda nas vendas. Foram pesquisadas 173 empresas dos ramos de supermercado, feiras, peixarias e açougues.

A maior parte dos lojistas (71,7%) estima que os consumidores devem adquirir entre 2,1 kg e 3 kg de peixes por pessoa durante o período. Ao serem questionados sobre os tipos de peixes mais procurados, os entrevistados puderam apontar até três opções. Os filés de peixes aparecem em primeiro lugar, mencionados por 88,4%. Na sequência estão os cortes diversos de tambaqui (55,5%), pintado/surubim (51,4%), pescada (36,4%) e sardinha (28,3%).

Além dos peixes, os comerciantes também indicaram expectativa de procura por outros produtos típicos da data, como frutos do mar (74%), peixes preparados ao estilo bacalhau (10%) ou ambos os itens (16%).

Em relação aos preços praticados, 41% dos lojistas afirmam que o quilo do peixe deverá variar entre R$ 31 e R$ 60, enquanto 38,7% estimam valores entre R$ 61 e R$ 90. A pesquisa aponta que 92% dos comerciantes afirmam já possuir estoques adequados para atender à demanda da Semana Santa.

Metodologia

Os dados da sondagem foram coletados entre os dias 11 e 16 de abril de 2025. A abordagem aos lojistas, direcionada aos proprietários e gerentes, deu-se de forma presencial, compreendendo uma amostra de 173 empresas dos segmentos relacionados à data comemorativa, concentradas em 18 localidades e 17 regiões administrativas do Distrito Federal.

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