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São Carlos registra 8 novos casos de Aids em 2007

Desde 1987 já foram 1.388 casos com 504 mortes; campanha quer conscientizar que doença ainda é fatal

01 Dez 2007 - 15h34Por Redação São Carlos Agora
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Com o tema “Previna-se ou o bicho vai pegar”, a Secretaria Municipal de Saúde de São Carlos, em parceria com o Sesc e a Universidade Federal de São Carlos, realiza hoje (1º/12), Dia Mundial de Luta contra a Aids, uma campanha de orientação sobre a prevenção do HIV/Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis nos pontos de maior circulação de pessoas na cidade, como o calçadão da rua General Osório, Escola Álvaro Guião e barzinhos (no período noturno).A campanha será coordenada pelo Programa Municipal de DST/Aids, que atende a população no ambulatório localizado no Centro Municipal de Especialidades (CEME). A atividade de hoje vai reunir equipes uniformizadas sobre o tema que estarão nas ruas da cidade realizando um trabalho de divulgação especial com a distribuição de 11 mil panfletos educativos e institucionais conscientizando a população de que é necessária a prevenção do vírus HIV e das DST. A campanha conta ainda com divulgação de informe na mídia e colocação de outdoors em diversos pontos da cidade. Aumento de casos –O último relatório do Ministério da Saúde aponta um crescimento de casos entre os jovens, principalmente entre as mulheres jovens e casadas, que estão contraindo a doença através dos seus companheiros, por usar menos o preservativo, concentrando atenção no uso de pílulas anticoncepcionais e hormônios para a prevenção da gravidez, relaxando na prevenção das DST. Em São Carlos, 70% dos casos de Aids estão na faixa dos 20 aos 39 anos, homens e mulheres que estão em idade reprodutiva e produtiva economicamente. Outra preocupação é com o fato de que as mulheres além de adquirirem o vírus o transmitem para os bebês.“A nossa única arma contra as DST é a informação, por isso queremos pedir para as famílias e escolas discutirem a prevenção da Aids com os jovens de maneira aberta e conscientizar que o uso do preservativo é o único insumo que protege contra as DST, evita a gravidez e previne o HIV e a Aids”, alerta Blaranis Pauletto, coordenadora do DST/Aids de São Carlos. Doença ainda mata –A Aids ainda não tem cura e nos anos 80 chegou a ser considerada uma sentença de morte. Hoje pode ser tratada, pois quanto mais cedo o paciente realizar o diagnóstico e iniciar o tratamento melhor será a sua qualidade de vida. O grande risco está no fato de que com o surgimento do coquetel anti-aids, que passou a ser distribuído gratuitamente para o Sistema Único de Saúde (SUS) em 2003, ajudando a melhorar o sistema imunológico do organismo, as pessoas passaram a achar que a doença tem cura e não é tão grave assim.Vale lembrar que os medicamentos realmente incorporaram novas tecnologias e aumentaram a sobrevida dos pacientes, mas causam efeitos colaterais e sofrimento aos usuários, e a doença ainda é fatal.Em São Carlos, o teste do vírus HIV é feito em qualquer unidade de saúde sem a necessidade de marcação de consulta médica, com aconselhamento pré e pró-teste e com a garantia da preservação sigilo do nome do paciente. O exame é simples e o paciente fica sabendo do resultado entre cinco e dez dias. “A pessoa que tem uma relação sexual insegura normalmente nos procura para realizar o exame que é repetido em 60 dias por causa da janela imunológica, período de incubação do vírus HIV, que nos dará a certeza se houve ou não a contaminação”, explica Blaranis.Caso o resultado seja positivo o paciente é encaminhado para um serviço especializado do Sistema Municipal de Saúde, onde uma equipe multiprofissional de saúde vai dar todo o apoio necessário ao tratamento da doença.Em São Carlos foram registrados 38 novos casos de Aids em 2006 com 36 mortes. Até julho deste ano foram registradas 8 notificações do vírus HIV com 17 mortes. De 1987 para cá tivemos 1.388 casos de Aids, onde foram a óbito 504 pacientes.  

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