O advogado do Sindicato dos Empregados de Transportes, Amador Bandeira, informou na tarde desta segunda-feira (19) em coletiva de imprensa que São Carlos pode ficar sem transporte público nesta terça-feira (20). A decisão da Paralisação foi aprovada por unanimidade em uma assembleia realizada na tarde de hoje. As justificativas são insegurança e insuficiência de ônibus.
O sindicato fará a paralisação nesta terça-feira e na sequência prevê regularizar a greve por prazo indeterminado, como como forma de protesto.
"Todos os trabalhadores foram unânimes em aderir à paralisação. Portanto a partir das 18h30 de hoje poderá ocorrer a paralisação. Pode ser à noite ou a na madrugada desta terça-feira. É possível que não tenha ônibus rodando na cidade amanhã", disse Amador Bandeira.
A ação de populares de paralisar ônibus na manhã desta segunda-feira na Avenida Regit Arab no Cidade Aracy deu fôlego para a categoria aderir à paralisação. "Hoje teve um episódio no Cidade Aracy onde os trabalhadores foram obrigados a recolher os ônibus, muitos estão com medo de descer a serra por conta de não ter uma manutenção preventiva nos coletivos e também questão de insuficiência de ônibus e a população está enfurecida e com razão", acrescentou.
A lei determina que em situação de greve, o sindicato deve manter 30% da frota nas ruas. Amador Bandeira antecipou que será difícil em primeiro momento, mas que o sindicato vai mobilizar para obedecer à legislação.
Na coletiva de imprensa, Amador pontuou outras irregularidades que fomentaram a paralisação. "Têm várias irregularidades, falta de registros de trabalhadores que iniciaram o trabalho depois da intervenção, a falta de recolhimento do FGTs deste mês, pagamento em dinheiro parcelado do ticket, tudo isso levou eles ao descontentamento. A falta de compromisso do município que garantiu que na sexta-feira cumpriria o pagamento das verbas rescisórias, não cumpriu, tudo isso leva eles aderir paralisação".
De acordo com Amador, a greve era para ter acontecido na madrugada desta segunda-feira, como a Prefeitura alegou na última sexta-feira que teve problemas técnicos para realizar o pagamento, o sindicato deu novo prazo (hoje) para que o município pudesse legalizar a questão.
"A população não pode conviver com um transporte precário que não dá segurança para o colaborares nem para população. Temos que resolver essa questão um vez por todas. Já avisamos o Ministério Público dos itens que empresa não vem cumprindo", finalizou.