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terça, 18 de fevereiro de 2025
Desenvolvimento

São Carlos lidera PIB Regional com R$ 14,1 bilhões

Somados, os municípios de São Carlos e Araraquara concentram R$ 26 bilhões ou quase 50% do PIB regional

03 Fev 2025 - 18h44Por Da redação
São Carlos lidera PIB na região central - Crédito: DivulgaçãoSão Carlos lidera PIB na região central - Crédito: Divulgação

De acordo com dados da Fundação Seade, com um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 14.1 bilhões, São Carlos tem o maior nível de riqueza na região Central Paulista, que engloba um total de 26 municípios e cerca de 1 milhão de habitantes e PIB de mais de R$ 45 bilhões. 

Em segundo lugar aparece Araraquara com PIB de R$ 11,9 bilhões. Somados, os municípios de São Carlos e Araraquara concentram R$ 22.873.963.900,00, ou seja quase, 50% do PIB regional. Os dados são da Fundação SEADE, se referem ao ano base de 2021, e estão no portal da instituição.  

Matão tem em terceiro lugar, com PIB de R$ 5,3 bilhões. O quarto lugar é de Porto Ferreira, com PIB de R$ 2,4 bilhões. Descalvado vem na quinta posição com R$ 2 bilhões. Se somarmos os cinco primeiros do ranking teremos o montante de R$ 35,7 ou seja, 70% do PIB dos 26 municípios, que chega a R$ 50 bilhões. 

Visitando São Carlos e Porto Ferreira recentemente, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jorge Lima, afirmou que a Região Central representa 1,8% do PIB Estadual. Segundo ele, 81% do PIB Paulista está concentrado em quatro regiões: Região Metropolitana de São Paulo, Campinas, São José dos Campos e Sorocaba. 
“Temos 26 municípios que somam um PIB de R$ 44,5 bilhões. São Carlos tem o PIB de R$ 12 bilhões e Araraquara mais R$ 10 bi. Tempos 50% do PIB concentrado em duas cidades. Temos 8 municípios com PIB entre R$ 1,5 bi a R$ 4,5 bi, e outras 17 com PIB menor que R$ 1 bilhão. Então, estas cidades precisam ter oportunidades. Estes polos e cidades precisam entrar no jogo da empregabilidade. Temos que dar a oportunidade das pequenas cidades para que elas se desenvolvam. Se não vamos ficar no modelo tradicional de grandes cidades, com concentração de população, desemprego, violência e etc.”, comenta Lima. 

Lima ressalta que o objetivo é distribuir o desenvolvimento pelos municípios paulistas através da soma de empresas e poder público na consolidação das vocações de cada local ou região. “Temos que entender as vocações dos municípios. Fui em 145 cidades e tenho que ir nas 645 municípios. Temos que achar a vocação numa união de empresários e universidades. Temos que entender a região e achar sua vocação”, destaca o secretário.

O secretário de Desenvolvimento Econômico Paulista, Jorge Lima: “Temos que dar a oportunidade das pequenas cidades para que elas se desenvolvam”
 

CAPITAL DA TECNOLOGIA

Conhecida como “Capital da Tecnologia”, São Carlos concentra um campus da UFSCar e um da USP e abriga milhares de pesquisadores que já produziram muitas inovações científicas. Muitas empresas, principalmente as startups, nasceram dentro das universidades ou em incubadoras de empresas, mas o parque metal-mecânico ainda é muito forte, com produção de eletrodomésticos, motores automotivos, compressores herméticos, fogões e etc. Multinacionais como Tecumseh, Electrolux, Volkswagen e Faber Castell também fazem parte da economia que é local e muito diversificada. A construção civil também se destaca, pois a grande presença de universitários movimenta todo o segmento imobiliário. 

O Seade Municípios revela que atualmente o setor de serviços é responsável por 60,7% da Distribuição do PIB Municipal. A indústria fica em segundo lugar com 24,57%. Os Impostos Líquidos de Subsídios somam 13,35 do PIB. O agronegócio vem em quarto lugar com 1,3% do total de riquezas geradoras ao longo de um ano. 

Na indústria, destaque para a fabricação de máquinas e materiais elétricos, que chega a R$ 43,1%. A fabricação de Móveis e equipamentos representa 16,9% da produção fabril. Produtos alimentícios vêm logo atrás com 14,4% do total. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias responde por outros 9,6% e produtos têxteis aparece com 5,2%. 

Na distribuição do Valor Agregado, serviços aparece em primeiro lugar, com 58,65. A indústria novamente vem em segundo lugar, com 28,4% e serviços de Administração Pública com outros 11,3%. A agropecuária fecha o VA com 1,7%.

EMERGENTES

Os municípios de Matão, com PIB de R$ 4.415.471.227,00, Porto Ferreira, com PIB de R$ 2.284.886.764,00 e Descalvado, com PIB de R$ 1.857.895.702,00 podem ser chamados de “emergentes”.  

Em Matão, o setor de serviços responde por 49,4% da distribuição do PIB Municipal de R$ 4.415.471.227,00. Em seguida vem a indústria, com 35,5%. A indústria é concentrada em produtos alimentícios, com 73,3% da produção e máquinas e equipamentos, que representa 18,1% do total. 
Capital Nacional da Cerâmica Artística e de Decoração, Porto Ferreira tem a rede de serviços (49%) como carro chefe da distribuição do PIB Municipal, que é de R$ 2.284.886.764,00  . Mas a indústria entra com outros 33,2% da economia. O setor fabril tem destaque nos minerais não metálicos, que representam 55% da produção. Depois vem os produtos alimentícios, com 20,2%. 
“São Paulo me surpreende a cada dia. Temos 265 vinícolas no Estado com 20 premiadas de alta qualidade. Em Porto Ferreira, a Vidroporto está investindo R$ 500 numa nova fábrica. Então, lá em Porto a força maior sempre foi cerâmica e móveis. Aí vem também alguém produzindo vidro em alta escala, o que mostra a força de nosso Estado”, comenta o secretário Jorge Lima. 

Descalvado, que já foi a “Capital do Frango”, apresenta um PIB de R$ 1.857.895.702,00. Deste total, a distribuição do PIB Municipal destaca serviços com 48,5% do total, seguido da indústria, que responde por 24,9%. No setor indústria, 66,2% vem dos produtos alimentícios, 19,8% dos biocombustíveis e o setor de minerais não metálicos respondem por 5,5 do PIB local.  


PIB NA REGIÃO CENTRAL 
Município         PIB (SEADE – 2020) 
1 – São Carlos         R$ 14.1 bilhões 
2 – Araraquara         R$ 11,9 bilhões 
3- Matão         R$ 5,3 bilhões 
4 – Porto Ferreira     R$ 2.4 bilhões 
5 – Descalvado         R$ 2 bilhões 
6 – Ibitinga        R$ 1,9 bilhão 
7 – Taquaritinga    R$ 1.6 bilhão 
8 – Itápolis         R$ 1,6 bilhão 
9 – Américo B.         R$ 1,2 bilhão 
10 – G. Peixoto        R$ 1.1 bilhão 
11 – Ibaté        R$ 1,1 bilhão 
12 – S. R. P. Quatro     R$ 825 milhões 
13 – Dourado         R$ 802 milhões 
14 – Borborema    R$ 518.milhões 
15- B. Esperança     R$ 380 milhões 
16 – Nova Europa     R$ 377 milhões 
17 – R. Bonito        R$ 371 milhões 
18 – Tabatinga        R$ 340 milhões 
19 – F. Prestes        R$ 340 milhões 
20 – Rincão        R$ 226 milhões 
21 – Dobrada        R$ 138 milhões 
22 – Santa Lúcia    R$ 131 milhões 
23 – Motuca        R$ 120 milhões 
24 – C. Rodrigues     R$ 107 milhões 
25 – Santa Ernestina    R$ 104 milhões 
26 – Trabiju         R$ 44 milhões 

 

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