quinta, 25 de abril de 2024
Ambulatório de Oftalmologia

Santa Casa aguarda decisão sobre repasse de verba para realizar mutirão

16 Jun 2018 - 08h06Por Redação
Santa Casa aguarda decisão sobre repasse de verba para realizar mutirão - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

Essas pessoas não precisam puxar pela memória para se lembrarem do dia em que retomaram sua visão e ganharam nova esperança de vida. Foram os casos do senhor Marcus Aparecido Marcelo, Moacir Drappé, Dona Kelly Ioko, Alexandrina Barbosa, Senhor Wilson Dornelas e o caso mais emblemático de Maria Helena Jandelli que usava um óculos de 18 graus no olho direito e 19 no esquerdo. Esses são alguns exemplos de pessoas que sofriam por causa da catarata e operadas pela equipe médico coordenada pelo médico Celso Davi Lopes estão levando uma vida normal e a melhor recompensa pode olhar um por do sol, o desabrochar de uma rosa, ler um livro ou se emocionar ao ver os rostos pessoas mais intimas, enfim poder olhar as maravilhas proporcionadas por Deus até atividades simples.

Desde quando assumiu o Ambulatório de Oftalmologia da Santa Casa que estava completamente desativado, essa equipe médica resolveu assumir o desafio. Pode-se dizer que foi uma benção para a população, pois quando iniciaram as atividades em 2012, mais de 7 mil pessoas foram beneficiadas seja por problemas de catarata, pterígio, retina, cirurgias plásticas e até glaucoma.

Todo esse trabalho não foi em vão, pois com as metas cumpridas a cidade recebeu um título inédito concedido pelo Ministério da Saúde se tornando a cidade como referência regional em cirurgias oftalmológicas.

Também não pode ser esquecida a primeira operação de deslocamento de retina feita por essa equipe médica de Areobaldo Ferro com um equipamento tecnológico de primeira linha.

Em outubro de 2012 o então vereador Lineu Navarro (PT) enalteceu o trabalho dessa equipe médica com uma moção de congratulação e já em 18 de setembro já havia citado em sessão plenária o êxito desse trabalho pela demonstração de boa vontade e solidariedade dignas de reconhecimento público. Ele ressaltou ainda que foi criado um Centro de Referência para o tratamento do Glaucoma.

Hoje o cenário que se observa não traduz todos os benefícios que o Ambulatório de Oftalmologia da Santa Casa já realizou mesmo com tantas referências, elogios públicos e o mais importante com uma equipe médica de alto gabarito coordenada pelo Dr. Celso Davi Lopes e seus pares.

Existe a possibilidade de um corte de verba de mais um ou mesmo um terço do valor da tabela SUS. Isso significaria que ao invés de receber perto de 120 mil passaria a receber 42 mil reais,o que inviabilizaria as atividades, pois não são apenas as cirurgias de catarata, pterígio, retina, cirurgias plásticas, mas sim todo um acompanhamento pré e pós operatório com as recomendações necessárias e uso correto dos colírios.

Cabe nessa hora uma mobilização da própria Câmara Municipal de São Carlos, da Prefeitura Municipal e da direção da Santa Casa para explicar o motivo desse corte de verba que certamente irá comprometer os serviços prestados e como consequência a não realização do mutirão de julho que apenas com esse valor não tem condições de operar as quase 220 pessoas que sempre foram operadas em finais de semana, quanto mais manter consultas e exames.

Câmaras Hiperbáricas também vivem o mesmo drama

Muito perto da reativação do Ambulatório de Oftalmologia da Santa Casa chegou na cidade um serviço inédito na cidade de São Carlos que foi a instalação de uma câmara Hiperbárica para o tratamento de feridas crônicas, lesões graves na pele e principalmente beneficiar as pessoas diabéticas que sofriam pela falta da cicatrização das feridas, fato esse que com sessões na Câmara Hiperbárica seria possível melhorar e curar essas doenças pela grande oxigenação que conseguiam reanimar as células e evitar como evitou amputações de membros de muitas pessoas.

Hoje estão dentro da Santa Casa duas Câmaras Hiperbáricas trazidas pelo Dr. Carlos Alberto Carvalho especialista dessa área. Esse serviço também se encontra em um impasse, pois o procedimento que deveria ser adotado era uma licitação diretamente com a Secretária de Saúde, pois não seria legal qualquer contrato simples uma vez que o serviço não se encontra no Rol dos procedimentos do SUS. Se essa norma não for seguida os pacientes não poderão ser atendidos pelo SUS. Hoje o serviço não encontra em situação normal de atendimento e quem perde com isso é a população.

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