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A Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU de São Carlos utiliza o eletrocardiograma, equipamento capaz de fazer exame digital para diagnóstico de infarto, ainda dentro da viatura. O exame é enviado para o Hospital do Coração (Hcor) de São Paulo e o resultado sai em cinco minutos.
Esse exame não é de rotina. É feito apenas em situações de emergência, quando o médico do SAMU identifica sintomas de infarto do miocárdio.
Ao atender uma ocorrência com suspeita de infarto, a equipe do SAMU realiza o exame com o aparelho que grava a frequência cardíaca do paciente. O exame é transmitido por celular ou pela internet aos médicos do Hcor, que fazem o diagnóstico e devolvem as orientações para a equipe em São Carlos. Tudo isso é feito em cinco minutos. O médico da USA, ainda no local, tem a possibilidade de trocar informações pelo telefone com a equipe do Hcor.
Na central de informação de telemedicina do Hcor dois médicos cardiologistas trabalham em plantão de 24h, exclusivamente para atender as solicitações do SAMU.
Segundo os socorristas, o uso da tecnologia agiliza o atendimento, reduz a probabilidade de complicações, de sequelas e de agravamento do quadro e possibilita ao médico da ambulância ter uma segunda opinião.
Dados dos atendimentos para este tipo de chamado de emergência apontam que metade das mortes por infarto ocorre nas primeiras duas horas depois do ataque. A cada trinta minutos de demora no atendimento o risco aumenta em 7%.
Francisco Néo, diretor do Departamento de Atenção do Cuidado Hospitalar, diz que a equipe do SAMU de São Carlos foi capacitada para operacionalizar o sistema. "O ganho de tempo no atendimento à vítima com problemas cardíacos salva vidas, porque o paciente chega à UTI coronariana da Santa Casa com diagnóstico fechado sem a necessidade de fazer toda a série de exames que indicariam o diagnóstico do Incor", ressalta.
Segundo a coordenação do SAMU de São Carlos, desde a implantação da parceria com o Incor já foram realizados 16 exames com essa tecnologia.
