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Saúde

Rompimento com Mais Médicos não vai afetar São Carlos, diz Palermo

17 Nov 2018 - 08h08Por Abner Amiel/Folha São Carlos e Região
Rompimento com Mais Médicos não vai afetar São Carlos, diz Palermo - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

O secretário de Saúde, Marcos Parlemo, disse nesta sexta-feira, 16, que um possível rompimento de acordo entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médico não vai gerar impactos em São Carlos. O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou na última quarta-feira, 14, que o país não participará mais do programa Mais Médicos. O motivo da decisão são as declarações “ameaçadoras e depreciativas” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

De acordo com Palermo, a Secretaria Municipal de Saúde tem 29 médicos integrantes do programa, sendo 9 brasileiros e 20 cubanos.

O secretário amenizou um possível rompimento e sustentou que não geraria impacto na cidade. “O município predispõe de um concurso aberto. Para nós não pesaria muito porque poderemos recompor essas vagas. Além disso, estão sendo chamados 14 clínicos pra dar cobertura nessa área. Então em São Carlos não haveria um impacto tão forte”, assegurou.

A medida do governo cubano, que tem o maior número de profissionais no programa (8.332 cubanos), é uma retaliação às críticas do presidente eleito ao programa.

Bolsonaro havia questionado a capacidade dos cubanos que integram o Mais Médicos e disse que condicionaria a permanência dos estrangeiros à revalidação do diploma por meio de prova, o Revalida.

Bolsonaro disse ontem que a decisão de impor novas exigências aos profissionais cubanos, vinculados ao Programa Mais Médicos, tem razões humanitárias, para protegê-los do que considera “trabalho escravo” e preservar os serviços prestados à população brasileira. Ele garantiu que o programa não será suspenso.

O presidente eleito afirmou ainda que o acordo de repasse de parte dos salários dos médicos para o governo de Cuba contraria os direitos dos profissionais. “Imaginou também confiscar 70% do salário?”.

O presidente eleito reiterou também que há “relatos de verdadeiras barbaridades” por profissionais de Cuba. “O que temos ouvido de muitos relatos são verdadeiras barbaridades. Queremos o salário integral e o direito de trazer as famílias para cá. Isso é pedir muito? Está nas nossas leis.”

Bolsonaro destacou que os profissionais cubanos que quiserem pedir asilo político ao Brasil, quando ele estiver na Presidência da República, será concedido.

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