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O prefeito Paulo Altomani, acompanhado pelos vereadores Marquinho Amaral (presidente da Câmara Municipal) e Mauricio Ortega, e pelo Chefe de Gabinete, Alfredo Colenci Junior, esteve nesta quinta-feira (20), na Superintendência Regional da Receita Federal, em São Paulo, reforçando a defesa da internacionalização do Aeroporto Mario Pereira Lopes.
A comitiva sãocarlense foi recebida pelo Superintendente Adjunto da Receita Federal, Marcos Siqueira e a reunião contou ainda com a presença do representante do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (DAESP), Fábio Calloni, da TAM, Márcio Félix, da Casa Civil do Estado de São Paulo, Fabricio Cobra Arbex e do representante do Deputado Nelson Marquezelli, José Eduardo Miranda.
Durante o encontro o superintendente da Receita Federal reafirmou a posição inicial, desfavorável, em relação ao processo de internacionalização. “Eles alegam vários motivos que não nos convencem. Um deles seria a escassez de funcionários com que a Receita trabalha hoje, fato que não permitiria a formação de um quadro para São Carlos. Outro ponto alegado pela Receita é a distância entre o nosso aeroporto e o de Viracopos, em Campinas, que não satisfaz o Estado e, o último ponto, também inaceitável, é a afirmação de que quanto mais aeroportos internacionais, maior a vulnerabilidade na entrada e saída de produtos irregulares”, exclamou o prefeito.
Altomani, por outro lado, deixou claro que esse posicionamento da Receita Federal não vai fazer com que São Carlos desista da internacionalização.“Não vamos parar a luta, mas o posicionamento da Receita Federal nos pegou de surpresa. Afinal, o Deputado Federal Newton Lima havia nos garantido que uma carta de aprovação do Governo do Estado, assinada pelo governador Geraldo Alckmin ao ministro Guido Mantega, seria suficiente para confirmar a internacionalização. Isso não aconteceu e na verdade, o caminho era outro. Nós esperamos que o deputado interfira de alguma forma para que o pedido da internacionalização seja acolhido por Brasília e, que a Receita reveja o conceito e autorize a internacionalização. É desolador para São Carlos mas, juntamente com o Marquinho Amaral, presidente da Câmara, e as demais forças políticas da cidade, vamos levar esse caso direto para a Presidência da República”, afirmou Altomani.
O vereador Marquinho Amaral também decepcionado com o posicionamento da Receita Federal, falou sobre o resultado da reunião. “Já obtivemos muitas conquistas por conta da nossa persistência. É decepcionante receber esse tipo de posicionamento, mas vamos unir nossas forças políticas e esperar que o Deputado Newton Lima cumpra o compromisso que a assumiu com São Carlos”, afirmou.
O vereador Mauricio Ortega, também criticou o descaso em relação ao município. “A falta de agilidade dos órgãos públicos que tratam de assuntos como esses, estão vetando o desenvolvimento de todo o País. São Carlos, a capital da tecnologia, com inúmeros serviços prestados a Nação, não pode ser tratada dessa forma”, comentou.
A não internacionalização do aeroporto de São Carlos veta ainda um alto investimento da TAM, na geração de mais de 700 novos empregos e na construção de novos hangares, que permitiriam o atendimento de 18 aeronaves simultaneamente. “A vantagem competitiva da empresa, cuja produtividade corporativa é das mais altas da America Latina, se anula, colocando a empresa e a cidade em desvantagem diante das bases no Chile e no México. Por isso, as palavras ditas pelo senhor Marcos Siqueira se mostraram demasiadamente conservadoras, apoiando-se na falta de contingente, que no Estado de São Paulo está em cerca de 40% do efetivo necessário para a Receita Federal. Em nenhum momento ele fez menção aos benefícios da nossa solicitação. Certamente os benefícios proporcionados pela internacionalização, superam as restrições apresentadas pela Receita. De qualquer forma, este é apenas o início da nossa luta. Nós vamos continuar”, finalizou Altomani.