quinta, 28 de março de 2024
Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos

Quatro pesquisadores do IFSC/USP entre os agraciados

13 Out 2018 - 06h44Por Redação
Quatro pesquisadores do IFSC/USP entre os agraciados - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

A Prefeitura Municipal de São Carlos, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, levou a efeito na manhã do dia 10 de outubro a cerimônia de entrega do “Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos – 2018” e homenagem aos pesquisadores agraciados, evento que ocorreu no Auditório “Bento Prado, no Paço Municipal de São Carlos.

Perante o Prefeito da cidade, Ayrton Garcia (PSB), vereadores e secretários municipais, dentre muitos outros convidados, o citado prêmio foi entregue aos vencedores, nas seguintes categorias:

Categoria Pesquisador Sênior:

Prof. Dr. Glaucius Oliva (IFSC/USP);

Prof. Dr. Elson Longo (UFSCar);

Dr. Paulo Cruvinel (Embrapa);

Categoria Jovem Pesquisador:

Prof. Dr. Márcio Weber Paixão (UFSCar);

Prof. Dr. Frank Crreepilho (IQSC/USP);

Categoria Professor de Ciências:

Profª Bárbara Daniele Rodrigues (Escola Estadual Prof. Sebastião de Oliveira Rocha)

Categoria Clube de Ciências:

Profª Débora Gonzalez Costa Blanco (Diretoria Regional de Ensino de São Carlos e Região);

Prof. Dr. Vanderlei Bagnato (CEPOF-IFSC/USP);

Prof. Dr. Euclydes Marega Júnior (CEPOF-IFSC/USP);

Drª Wilma Barrionuevo (CEPOF-IFSC/USP).

A abertura da cerimônia esteve a cargo do Secretário Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia, Prof. José Galizia Tundisi, que na ocasião agradeceu ao Prefeito Municipal de São Carlos o apoio incondicional que o mesmo deu para a concretização deste evento, que contou com o envolvimento total da Prefeitura, bem como do Vereador Robertinho Mori que foi parte fundamental para a realização do Prêmio. Tundisi salientou que este evento, já em sua segunda edição, não acontece por mero acaso, já que um de seus objetivos é ampliar, através da ciência, a capacidade de interligar as universidades, os institutos de pesquisa e as escolas, numa ação que promova o desenvolvimento social e econômico da cidade e eleve a importância dos cientistas que desempenham suas atividades na cidade de São Carlos. “Muitas empresas de alta tecnologia querem se instalar em São Carlos e estão negociando com a Prefeitura nesse sentido, exatamente pelo fato de estarem aqui sediados importantes polos universitários de pesquisa e centros tecnológicos de excelência”, anunciou Tundisi, tendo acrescentado que “A ciência e tecnologia em São Carlos são responsáveis por cerca de 30% do PIB da cidade e muita coisa estamos fazendo em prol do desenvolvimento dessas áreas. A Prefeitura criou este ano o Conselho Nacional de Ciência,Tecnologia e Inovação, estamos criando o Fundo Municipal de Desenvolvimento Tecnológico, principalmente para apoiar startups na cidade, e está em desenvolvimento a criação do Programa “Ciência nas Escolas”. Para Tundisi, o “Prêmio Ciência e Tecnologia São Carlos – 2018” faz parte de todo um processo, além de reconhecer o trabalho desenvolvido pelos cientistas da cidade. “A ciência é também responsável pela geração de empregos no país”

O docente e pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (USP), Prof. Glaucius Oliva – um dos homenageados nessa cerimônia –, foi quem usou da palavra em nome de todos os premiados, tendo agradecido ao Prefeito da cidade a realização do evento e enaltecido a imagem do Prof. Tundisi ”(...) um Secretário Municipal com enorme envergadura e que inspira os jovens (...)”. O orador recordou, em traços gerais, a história da chegada dos primeiros cientistas em São Carlos e a forma como a cidade os soube acolher, de braços abertos, tendo sido o primeiro passo para a criação dos primeiros polos universitários e de pesquisa, incluindo a própria Embrapa. “A população acadêmica na cidade de São Carlos - entre pesquisadores, docentes, servidores e alunos – ronda cerca de quarenta e cinco mil pessoas, ou seja, 20% da população, o que demonstra a riqueza que ela própria gera para a comunidade e para o país. Nenhuma nação pode almejar ter justiça social e riqueza se não apostar em ciência e tecnologia”, salientou Oliva, tendo dado os exemplos nacionais da Petrobrás, cuja maior parte de seus laboratórios está inserida no Campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ou da Embraer – a terceira maior indústria aeronáutica do mundo -, que é fruto da atividade do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), tendo pontuado que a ciência sempre foi um investimento e não um gasto.”Importar recursos para a ciência e tecnologia no Brasil é, no meu entendimento, um crime que lesa a pátria, haja visto aquilo que possuímos”, salientou o orador que, já no quesito doméstico, afirmou que a cidade de São Carlos sempre abraçou a ciência e os cientistas, sendo que todos eles souberam e sabem retribuir. “A ciência em São Carlos traz qualidade de vida e desenvolvimento”, concluiu Glaucius Oliva.

Representando a Câmara Municipal de São Carlos, usou da palavra o Dr. Azuaite Martins de França,  que manifestou sua satisfação por ver reunidos tantos cientistas em uma única cerimônia. “Vocês simbolizam o desenvolvimento e a qualidade de vida da cidade”, sublinhou Azuaite. Ao recordar a fundação da cidade (1857), o orador recordou igualmente a criação da primeira empresa de produção e distribuição de energia elétrica em São Carlos que, no espaço de três anos, conseguiu construir a usina elétrica do Monjolinho – a segunda do hemisfério sul. “Foram apenas três pessoas, três ‘malucos’ envolvidos nesse trabalho que fez São Carlos ser a segunda cidade do país a produzir energia elétrica”, sublinhou Azuaite, que fez uma comparação com o que aconteceu em meados do Século XX quando um reduzido grupo de cientistas oriundo do Rio de Janeiro (entre eles os pesquisadores do IFSC/USP, professores Sérgio Mascarenhas e Yvonne Primerano Mascarenhas) decidiu fazer ciência em São Carlos, uma cidade que nada tinha de interessante. “Vejam aquilo que todos eles fizeram de bom para a cidade!”.

“A ciência, a tecnologia e as universidades têm que estar articuladas e interligadas com toda a vida da sociedade. As universidades ajudam a fixar novos valores individuais e coletivos, novas mentalidades que irão enriquecer a cidade como um todo. Para que isso aconteça, temos que desenvolver mais parcerias entre o poder público, universidades, polos tecnológicos, escolas e sociedade e, por isso, neste momento, estamos reconhecendo, o mérito de alguns de nossos melhores cientistas”, enfatizou Azuaite França.

Encerrando o evento, o Prefeito, Ayrton Garcia, parabenizou todos os agraciados com o Prêmio, tendo relacionado o fato de São Carlos ser a “Capital da Tecnologia” com a forma como a Prefeitura encara a área da Educação: “Todo poder executivo é obrigado a destinar 25% do seu orçamento para a área da Educação: aqui, em São Carlos, nós destinamos 31% e por isso a estrutura da Educação está sempre sendo melhorada, naquilo que entendemos ser um investimento sério nessa área sensível”. (Rui Sintra – Assessoria de Comunicação – IFSC/USP)

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