quinta, 25 de abril de 2024
“Pessoa deveria ser punida”

Presidente de sindicato desmente fake news e diz que Faber-Castell contrata 110 trabalhadores

02 Abr 2020 - 11h14Por Marcos Escrivani
Presidente de sindicato desmente fake news e diz que Faber-Castell contrata 110 trabalhadores - Crédito: Google Maps Crédito: Google Maps

Desmentindo uma fake news lançada nas redes sociais e que gerou ainda mais preocupação em São Carlos, o presidente dos Trabalhadores nas Indústrias de Lápis, Canetas, Químicos, Farmacêuticos, Materiais Plásticos, Tintas e Vernizes de São Carlos, Flávio Moraes informou na manhã desta quinta-feira, 2, que a Faber-Castell não demitiu um trabalhador sequer nesta época de pandemia do coronavírus. Está na contramão da economia, que passa por dificuldades, e está contratando 110 funcionários, sendo 80 terceirizados por 45 dias e mais 30 efetivos.

“É revoltante ver que uma pessoa tem a capacidade de ir nas redes sociais e falar tamanha barbárie em um momento tão difícil, onde as notícias negativas são 24 horas por dia. Com a mídia informando apenas tragédias em vários países. Sinceramente deveria caber uma punição para quem pratica esta maldade. As pessoas leem, acreditam e ficam mais preocupadas. Acredito que esta seria uma época do ser humano demonstrar mais generosidade, afeto e carinho e não gerar desequilíbrios”, desabafou o sindicalista.

AS CONTRATAÇÕES

Segundo Flávio somente nesta quarta-feira, 1, a Faber-Castell anunciou a contratação de 30 trabalhadores de forma efetiva e abriu vagas para mais 80 terceirizados. “Estes terão contratos por 45 dias”, disse.

A iniciativa da empresa deu-se em virtude de atender as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde em afastar funcionários em grupo de risco (acima de 60 anos, gestantes, lactantes, hipertensos e diabéticos) e além daqueles com síndrome gripal.

“No total foram 190 trabalhadores. A princípio por 14 dias. Mas depende do número de contágios e evolução da pandemia pode ser estendida a quarentena para o grupo de risco. Posteriormente estes entraram em férias, mas sem risco de demissão. Já aqueles com síndrome gripal, caso não tenha contraído a infecção, retornarão para as atividades normais”, contou.

“A atitude da Faber é louvável, pois está indo na contramão da economia e contratando”, emendou.

CÂMERA TÉRMICA

Flávio salientou ainda que a indústria são-carlense segue rígidas normas de higienização e segurança para todos os trabalhadores para que não sofram com possíveis contágios. “A empresa produz o próprio álcool em gel e no trabalho, devido as máquinas, existe a distância natural. Na entrada e saída dos turnos, há o distanciamento exigido, bem como a prudência dos funcionários”, afirmou.

O sindicalista informou ainda que nesta quarta-feira a Faber iniciou (ainda em fase de testes) o funcionamento de uma câmera térmica que irá medir a temperatura corporal de todos os colaboradores.

“Todos irão passar por ela e caso algum trabalhador apresente uma temperada acima do normal é encaminhado imediatamente para a enfermaria. É uma segurança a mais para que eles possam executar o trabalho nesta época tão turbulenta”, informou.

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