terça, 16 de abril de 2024
Cidade

Prejuízos causados pelas enchentes ultrapassam os R$ 43 milhões, calcula Defesa Civil.

O Formulário de Informações do Desastre (FIDE) elaborado pela Defesa Civil do Município, aponta que só o setor privado teve um prejuízo de R$ 42 milhões

01 Dez 2020 - 18h47Por Da Assessoria de Imprensa
Cidade foi atingida por duas enchentes em um intervalo de poucos dias - Crédito: Divulgação/PMSCCidade foi atingida por duas enchentes em um intervalo de poucos dias - Crédito: Divulgação/PMSC

A Prefeitura de São Carlos, por meio da Defesa Civil, finalizou nesta terça-feira (1º/12), o Formulário de Informações de Desastre (FIDE) sobre os prejuízos causados com as fortes chuvas e alagamentos ocorridos na última quinta-feira (27/11), que afetou diversas áreas residenciais e comerciais como a baixada do mercado municipal, Jardim Bicão, Lagoa Serena e Vila Carmem.

De acordo com o levantamento realizado pelo diretor da Defesa Civil, Pedro Caballero, a intensa chuva convectiva de 138 mm, considerada de extrema intensidade, teve início às 17h30 com finalização às 18h40, acompanhada de granizo e rajadas de ventos isolados, com enxurradas e alagamentos de até 1,70 metros de altura nas regiões mais baixas da cidade.

Entre os danos humanos registrados, foi o atendimento de uma pessoa que teve hipotermia e precisou ser atendida no centro da cidade, além de 18 que ficaram desalojadas. O levantamento aponta que 32 casas foram afetadas, sendo que 3, totalmente destruídas. No bairro do Bicão, foi registrado o alagamento de 6 residências. No bairro Lagoa Serena, 2 casas tiveram perda total e 26 foram inundadas. Nessa região, 6 carros foram arrastados pela força da água, totalizando um prejuízo para essas famílias no valor de R$ 700 mil.

Na região central da cidade, local mais atingido, o alagamento provocou danos em 130 lojas, com 33 veículos arrastados pela força da água. O levantamento aponta, que o prejuízo do comércio, que compreende das lojas instaladas nas ruas Geminiano Costa, Jesuíno de Arruda, Episcopal, Nove de Julho e José Bonifácio, foi de R$ 42 milhões entre mercadorias, infraestrutura dos prédios e veículos danificados.

De acordo com Pedro Caballero, a mobilização de recursos humanos no trabalho de socorro e assistência de reabilitação dos locais afetados, contou com uma ajuda humanitária de 250 pessoas voluntárias, 68 pessoas do setor de segurança pública, 14 pessoas da equipe de busca, resgate e salvamento, 120 pessoas de obras públicas e serviços gerais, além, do apoio de 14 pessoas da equipe de saúde e da Cidadania e Assistência Social.
“Pela quantidade de chuva e os estragos causados, só tivemos prejuízos financeiros não registrando nenhuma morte. Esse relatório é de grande importância para ser apresentado para Defesa Civil do Estado e da União, para ser utilizado na solicitação de verbas para obras de reconstrução e de prevenção dos problemas causados pelas fortes chuvas no município”, enfatizou Caballero.

ESTRAGOS EM LOCAIS PÚBLICOS - Já o levantamento realizado por engenheiros e técnicos da Prefeitura, aponta que os estragos causados pelas enchentes chegam ao valor de R$ 1,2 milhão. Os valores, que farão parte do decreto emergencial, se dá para a contratação de empresas especializadas para a recuperação de pavimentação das vias que tiveram o asfalto arrancado pela força da água, como na avenida Comendador Alfredo Maffei, próximo as ruas José Bonifácio, Aquidaban e Jesuíno de Arruda; na rua Episcopal próximo ao Calçadão; e na região do bairro Lagoa Serena. O valor também compreende a recuperação de calçadas, sistemas de drenagens, galerias de águas pluviais e galerias de esgotos afetadas. 

Durante a vistoria nos locais, o secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, salientou que todo o serviço de recuperação será feito com recursos próprios da Prefeitura. “A primeira etapa foi de limpeza e o levantamento dos estragos estruturais nesses locais. Agora estamos finalizando as estimativas dos valores, e posteriormente, a contratação de empresas para recuperar esses estragos o mais rápido possível. Precisamos o quanto antes liberar o fluxo de veículos e pedestres em algumas ruas e calçadas do centro, que no momento estão intransitáveis”, disse o secretário.

Além dos serviços de recuperação dos estragos causados pelas enchentes como as vias, sistemas de drenagens, limpeza de bueiros e galerias de águas pluviais, a Prefeitura de São Carlos, por meio de seu corpo jurídico, está em contato com os moradores que tiveram as casas afetadas. A atenção no momento, se dá para uma residência no bairro Lagoa Serena, com acesso para avenida São Carlos, que teve o muro de contenção de água derrubado pela força da água, colaborando para a enchente naquela região.

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