terça, 16 de abril de 2024
Saúde

Pesquisa realizada em São Carlos desenvolve sensor para evitar intoxicação por monóxido de carbono

24 Set 2018 - 09h18Por Redação
Pesquisa realizada em São Carlos desenvolve sensor para evitar intoxicação por monóxido de carbono - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é uma das causas mais comuns de morte por envenenamento em todo o mundo e, na Argentina, o problema é especialmente alarmante.  Estatísticas oficiais indicam cerca de 200 mortes por ano no país vizinho, devido à má combustão do gás usado na cozinha e para aquecimento, que produz o CO. No Brasil, acidentes são registrados principalmente no sul do País, devido ao uso mais frequente de aquecimento a gás.

Para evitar esses acidentes, será apresentado ao Congresso Nacional argentino um projeto de lei para tornar compulsório o uso de um sensor concebido no Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Para apresentar o dispositivo e as pesquisas que permitiram seu desenvolvimento, o Diretor do CDMF, Elson Longo, estará no Congresso argentino no próximo dia 27 de setembro, juntamente com Juan Andres, da Universitat Jaume I, da Espanha, e Miguel Ponce, da Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina, parceiras do CDMF nas pesquisas. O convite foi feito pelo deputado argentino Eduardo Bucca.

O sistema desenvolvido é capaz de interromper o suprimento de gás de uma instalação quando é detectada concentração que possa ameaçar a segurança das pessoas, seja pela intoxicação, seja pelo risco de explosão. As pesquisas têm financiamento da Fapesp e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no Brasil; do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina; do Ministério de Ciência, Inovação e Universidades da Espanha; e do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) da Itália. A equipe conta com a colaboração também de Alexandre Simões, docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Guaratinguetá), e Cesare Malagú, da Universitá degli Studi di Ferrara, na Itália.

O Diretor do CDMF destaca a relevância dessas parcerias e conta que o projeto começou a cinco anos e que, no momento, já estão sendo construídos os primeiros protótipos para uso em residências e prédios comerciais. O Centro divulgou recentemente vídeo em que Miguel Ponce fala da iniciativa, disponível em cdmf.org.br, onde também estão mais informações sobre o Centro e suas pesquisas.

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