Uma pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem por objetivo identificar os fatores de risco e os principais acometimentos de saúde nas trabalhadoras domésticas brasileiras. O estudo é pioneiro na área de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia e busca voluntárias para responderem questionário com questões que envolvem o perfil sociodemográfico, ocupacional e de saúde das participantes.
O trabalho é realizado pela mestranda Viviane de Freitas Cardoso, sob orientação de Tatiana de Oliveira Sato, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar e coordenadora do Laboratório de Fisioterapia Preventiva e Ergonomia (LAFIPE). De acordo com Cardoso, o trabalho de limpeza doméstica é muito comum no Brasil, sendo a principal ocupação das mulheres que buscam atendimento em serviços públicos de reabilitação. "Diversos fatores podem afetar a saúde dessas trabalhadoras e aumentar o risco de desenvolverem distúrbios cardiovasculares e musculoesqueléticos", afirma a pesquisadora.
De acordo com dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2017 o trabalho doméstico respondeu a 6,8% dos empregos no Brasil e por 14,6% dos empregos formais entre as mulheres. Segundo a OIT, o País tem cerca de 7 milhões de trabalhadores nesse setor, sendo que 80% são mulheres.
Para a mestranda, os resultados da pesquisa "poderão auxiliar a sugerir medidas para prevenir os principais problemas de saúde identificados". Além disso, ela aponta que os resultados também subsidiarão novas pesquisas com essa população.
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres, entre 18 e 60 anos, que realizem trabalho doméstico remunerado. As voluntárias responderão um questionário online (https://goo.gl/forms/NIN7njMY5uxwelbi1) ou por telefone. A participação na pesquisa é gratuita e as respostas das participantes serão tratadas de forma anônima e confidencial. As interessadas podem entrar em contato com a pesquisadora Viviane Cardoso pelos telefones (16) 3351-8634 ou (16) 99620-7204.