terça, 23 de abril de 2024
Novela do Arcoville tem mais um capítulo

Perícia constata juros considerados abusivos em parcelas de contrato de lotes

Famílias anunciam que no dia 15 de fevereiro irão mover uma ação coletiva no Ministério Público em busca de justiça

28 Jan 2021 - 14h00Por Marcos Escrivani
Arcoville ganha mais um capítulo e perito considera que juros nas parcelas do contrato são abusivos - Crédito: divulgaçãoArcoville ganha mais um capítulo e perito considera que juros nas parcelas do contrato são abusivos - Crédito: divulgação

A longa novela que já dura há pelo menos quatro anos, ganhou mais um capítulo no dia 18 de janeiro, quando o perito Eduardo Jorge Abdo, do Fórum de São Paulo considerou abusivos os juros cobrados nos contratos de famílias que adquiriram lotes no bairro Arcoville, na região do Jardim Embaré. No total, são 989 lotes.

No final de dezembro, pelo menos 400 famílias se reuniram e realizaram uma vaquinha. Arrecadaram R$ 2 mil que foram pagos ao perito no sentido de analisar o problema. O empreendimento é de responsabilidade do Grupo Cem, de Jaboticabal.

Encaminharam para Abdo um dos contratos. Consta que no dia 16 de novembro de 2016 foi dado R$ 5 mil de entrada e o restante do valor dividido em 120 parcelas. A primeira foi de R$ 712. Após 48 meses, em janeiro de 2021, foi pago o equivalente a R$ 1.330,00 por um lote de 10 x 20 metros.

“O perito analisou o caso de Anatocismo (capitalização de juros, juros sobre juros e juros compostos) e de acordo com ele foi cobrado R$ 10.518,00 a mais. Diante disso ele considerou juros abusivos”, disse Anderson Luís da Silva, gerente de supermercado e um dos compradores de lotes.

PRÓXIMO PASSO

Em reportagem ao São Carlos Agora, Silva garantiu que no dia 15 de janeiro, inicialmente, 250 famílias irão entrar com uma ação coletiva no Ministério Público. Há a expectativa que este número aumente pata pelo menos 350.

“Vamos reivindicar ajuste nas parcelas, ajuste no valor final do contrato e revisão dos juros”, afirmou Silva que se mostrou esperançoso. “Se um perito afirmou que foi praticado abuso, acredito que possamos reaver o que foi pago indevidamente”, salientou, garantindo ainda que a empresa não atende telefones e só responde perguntas via e-mail.

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