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Palestra aborda o acolhimento hospitalar à população LGBT na Santa Casa

10 Mar 2015 - 14h33
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Ciclo de debate faz parte do projeto de humanização em atividade no hospital; serão quatro rodadas direcionadas aos colaboradores da instituição

O Centro Integrado de Humanização (CIH) e o Departamento de Psicologia da Santa Casa de São Carlos realizam em parceria com a Divisão de Políticas para a Diversidade Sexual e Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), departamentos vinculados à Prefeitura de São Carlos, o primeiro ciclo de palestras que abordará o acolhimento hospitalar à população LGBT- (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), direcionado os funcionários e colaboradores do hospital.

O cronograma inclui palestras nos dias 12 de março, às 10 horas, dia 13 de março, às 10 e 20 horas e no dia 20, às 20 horas, no Auditório da Santa Casa. As palestras serão ministradas pela chefe de divisão de Políticas para a Diversidade Sexual, Angela Lopes de Almeida, e pela psicóloga do CAIC, Ana Zabeu.

A proposta integra as ações de humanização que estão no contexto do trabalho desenvolvido tanto pela coordenadora do CIH, Juliana Fernandes Tedesco, como também pela psicóloga Giuliana Bratti Velloso de Lima, que visam estabelecer protocolos para definir padrões de acolhimento hospitalar à população LGBT na Santa Casa.

Assuntos referentes à postura do profissional de saúde à esse público serão abordados, como também os princípios básicos do SUS que envolvem a universalidade, a equidade e a integralidade; o reconhecimento das identidades de gênero e o uso do nome social na instituição; a leis que embasam a população LGBT. “O projeto inclui ainda relatar histórias de preconceito e mostrar como isso interfere na vida de tais pessoas”, disse Giuliana.

A equipe da Santa Casa reconheceu a necessidade de sistematizar e informar aos colaboradores do hospital a respeito das particularidades que envolvem a diversidade sexual e a cidadania da população LGBT.

De acordo com a psicóloga Juliana, é função de toda a equipe de enfermagem um atendimento pautado no princípio da dignidade humana, no direito as liberdades individuais, no respeito à identidade e na orientação sexual de cada paciente.

A capacitação seguirá os protocolos e legislações instituídas no âmbito no Ministério da Saúde e com base em diversas outras legislações e decisões na esfera da saúde, como afirmou a chefe de divisão, Angela. “A legislação garante, por exemplo, que travestis e transexuais tenham sua identidade de gênero respeitada e permite a utilização do nome que seja condizente a sua identidade, o chamado nome social”.

A chefe de divisão explicou ainda que a legislações garantem, principalmente, que nenhum cidadão seja discriminado ou sofra prejuízo no atendimento e no acesso aos serviços de saúde em razão de sua orientação sexual e identidade de gênero, dessa forma, capacitar, orientar e sistematizar o atendimento a essa população é um dever institucional e permitirá minimizar os conflitos ainda muito comuns nestes espaços.

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