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Mortalidade Infantil de São Carlos está abaixo da média estadual

04 Set 2012 - 17h37
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Dados de mortalidade infantil divulgados nesta semana pela Fundação Seade confirmam que São Carlos registrou, nos últimos 4 anos, média de 8,57 mortes por mil nascimentos, menor em 41% do que a do Estado de São Paulo, que é de 12,15 mortes/mil nascimentos no mesmo período. Em 2011, dado atualizado pelo Seade, São Carlos também tem a menor taxa de mortalidade do que a média estadual. Enquanto a cidade possui uma taxa de 11,4 mortes/mil, no Estado é de 11,6.

A evolução histórica registra que em São Carlos as mortes de bebês em gestação ou de recém-nascidos foram de 7,1 mortes/mil nascimentos em 2008, 8,4 em 2009, 7,4 em 2010 e 11,4 em 2011. Já o Estado de São Paulo registrou índices de 12,6 mortes/mil em 2008, 12,5 em 2009, 11,9 em 2010 e 11,6 em 2011.

A Organização das Nações Unidas (ONU) fixou, para um grupo de 68 países, a meta de 14,4 mortes/mil até 2015. O Brasil deve atingir essa meta ainda neste ano de 2012. "São Carlos já mantém índices muito menores do que a ONU considera o ideal para 2015", destaca o secretário de Saúde de São Carlos, Marcus Vinicius Bizarro.

Sobre o índice de 2011, o secretário de Saúde aponta os fatores que levaram ao aumento. "O principal fator é que 90% desses óbitos são classificados como inevitáveis, porque ocorreram no período perinatal, com problemas congênitos entre outras causas", salienta. O secretário de Saúde destaca ainda que em 2012 a tendência do índice é de queda. "De janeiro a julho deste ano ocorreram 14 óbitos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 22", explica.

Baixos índices - Para a Secretaria Municipal de Saúde, entre os fatores que contribuem para que a cidade mantenha baixos índices de mortalidade infantil nos últimos anos estão ações como boa cobertura de pré-natal (90% das gestantes da cidade realizam 7 ou mais consultas de pré-natal), acompanhamento e monitoramento contínuo da mãe e do bebê desde a gestação até os dois anos de idade da criança, capacitação dos profissionais das equipes de saúde que tratam a assistência pré-natal como prioridade (consultas médicas e de enfermagem), cobertura vacinal eficiente, exames complementares, campanhas educativas, incentivo ao aleitamento materno (parceria com o banco de Leite da Santa Casa), infraestrutura de atendimento especializado em cuidados especiais e bebês de alto risco (parceria com a Santa Casa) entre outros fatores.

Rede Cegonha - O secretário de Saúde de São Carlos, Marcus Vinicius Bizzarro, informou que identificada a necessidade de ampliar o número de leitos de UTI neonatal e oferecer leitos da unidade de cuidado intermediário (São Carlos, além de atender os bebês da cidade, atende também 6 cidades da microrregião), a Prefeitura de São Carlos se inscreveu no programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde para captar recursos que permitam ampliar os leitos na Santa Casa de São Carlos. "Os leitos da UTI neonatal da Santa Casa passarão a ser credenciados pela Rede Cegonha e vão receber recursos da ordem de R$ 4,5 milhões/ano para o custeio de todo o sistema", disse o secretário de Saúde.

Atendimento especializado - Uma parceria da Prefeitura com a Santa Casa disponibiliza também atendimento pelo Ambulatório de Cuidados Especiais em Gestação e o Serviço de Acompanhamento e Intervenção Neonatal Precoce em Bebês de Alto Risco (SAIBE). Após o período de 7 a 10 dias do nascimento da criança, a mãe volta ao ambulatório para consulta do puerpério juntamente com o bebê. O acompanhamento se prolonga por 42 dias para orientações e indicação de métodos contraceptivos. O Serviço de Intervenção cuida da saúde da mãe, feto ou do recém-nascido com quadro clínico diagnosticado de anemia, diabetes, hipertensão, Aids, problemas neurológicos e idade avançada. Já o SAIBE, fecha o ciclo acolhendo e cuidando dos bebês de alto risco (prematuro, baixo peso ao nascer, anomalias congênitas dentre outras causas) de São Carlos e mais seis cidades da região logo após receberem alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal ou do berçário intermediário (semi-intensivo) da Santa Casa de São Carlos. O bebê recebe atendimento até os dois anos de idade com exames clínicos, laboratoriais e de imagem, com acompanhamento de uma equipe constituída por pediatra, neonatologista, fisioterapeuta, fonoaudióloga, oftalmologista e neuropediatra. O plano terapêutico é elaborado de acordo com a necessidade do recém-nascido.

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