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Maternidade da Santa Casa atinge 73% de parto normal em outubro entre gestantes do SUS

O índice favorece o combate a prematuridade e diminui o risco de morte materno-infantil durante o período gestacional

24 Nov 2017 - 12h56Por Redação
Foto: Divulgação - Foto: Divulgação -

A Maternidade da Santa Casa de São Carlos atinge o índice de 73% de parto normal com gestantes que usam o Sistema único de Saúde (SUS). Esse marco se consolidou em outubro, com 76 partos normais contra 28 cesárias em um universo de 104 partos.

Heitor Tortes Ameliano que nasceu no início da tarde desta quinta-feira, 23 de novembro fará parte da estatística da Maternidade. A mãe, Tânia Moreira, de 25 anos, disse que todo o processo, que iniciou na noite de quarta-feira, reforçou a sua convicção de ter o filho por parto normal.

"Desde o momento que fui internada a equipe me estimulou a fazer o parto humanizado. Me senti segura, tive o apoio de todos. As enfermeiras os médicos ficaram todo o tempo ao meu lado. Estou satisfeita com o atendimento", relatou.

Segundo o médico coordenador da Maternidade da Santa Casa, Humberto Hirakawa, o parto da Tânia foi pélvico sem intervenção cirúrgica. O bebê estava sentado, e teve-se um trabalho da equipe para posicionar o Heitor para que puder ser realizado um parto normal.

Heitor nasceu com 2,8 kg com 37 semanas e já começou a se amamentar. Na tarde desta quinta-feira já estava se alimentando do leite da mãe. A previsão é que ele, a mãe e o pai recebam alta nesse sábado, 25.

De acordo com o coordenador, a estatística é um avanço no combate a prematuridade. Com o fortalecimento do parto normal, diminui-se ainda o risco de morte materno-infantil durante o período gestacional.

"O crescente de parto normal nos últimos quatro meses na Maternidade solidificou-se através da conduta da equipe médica e de enfermagem oferecendo às gestantes a segurança de se realizar os partos humanizados sem intervenção cirúrgica", afirmou Hirakawa.

Ao se comparar os números dos partos nos convênios a discrepância fica ainda mais evidente. Em outubro foram realizados 279 procedimentos, sendo 177 cesárias e 102 normais. Um índice 63,4% maior de intervenção cirúrgica no parto.

"O índice de cesárias menor, regrediu também a admissão de bebes na UTI Neonatal. De oito em junho para dois em outubro. Com a prematuridade o recém-nascido passa os primeiros dias de vida pós-parto na UTI Neonatal ou na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal - UCIN (Berçário). Esse período é desgastante para o recém-nascido e para a família", resume o coordenador.

O resultado satisfatório das pacientes da Maternidade pode ser medido pela pesquisa realizada pela Ouvidoria que mostra avaliação dos usuários. Na classificação a Maternidade foi avaliada como ótimo e bom por 90% dos pesquisados.

Na totalidade, 100% dos entrevistados responderam que indicaria a Maternidade da Santa Casa para outra pessoa.

OMS

Segundo Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o País onde mais se realizam cesáreas no mundo. As taxas chegam a 84% no sistema privado e a 40% no SUS -- o recomendado pela OMS é 15%.

A cada 10 partos realizados em maternidades particulares no Brasil, 8,5 são cesáreas. É essa discrepância na rede privada que faz com que o Brasil ainda ostente o triste título de País com mais cesarianas do mundo.

NOVA CONDUTA

Com a consolidação do parto normal para as parturientes do SUS em índices preconizados pela OMS, a Maternidade da Santa Casa traça um novo rumo na atenção e acolhimento das gestantes. A proposta vai ao encontro das normas estabelecidas pela Rede Cegonha do Ministério da Saúde, no qual o hospital é credenciado.

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