quinta, 25 de abril de 2024
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Marquinho Amaral: “eles não vão me calar com ameaças”

03 Fev 2012 - 13h54

O vereador Marquinho Amaral (PSDB) afirmou na manhã desta sexta-feira (3), no Programa "A Hora do Leite", na Rádio Realidade AM, que vem sofrendo ameaças de pessoas ligadas ao atual governo, depois que resolveu denunciar o esquema de cancelamento de multas que estaria privilegiando alguns secretários municipais, pessoas ligadas ao gabinete do prefeito e até vereadores. "Eu não vou me calar! Estou sendo ameaçado por agir com honestidade e denunciar este esquema de cancelamento de multas em nossa cidade".

Marquinho contou que depois que denunciou o esquema ao Ministério Público e na última sessão da Câmara, o desespero tomou conta de diversas pessoas ligadas ao governo petista. "Tiveram a coragem de me oferecer vantagens para eu parar com as investigações. Já disse e repito, não vou parar. Doa a quem doer".

O vereador relatou que tiveram a audácia de dizer que sua esposa também teria sido beneficiada com o cancelamento de multas. "A tropa de choque da petezada joga sujo! O prefeito falou que nós estávamos criando factóides e quando mostrei que não estava blefando, ao apresentar os documentos que comprovam minhas denúncias, eles se desesperaram e estão criando fatos para tentarem desviar o foco das investigações", declarou o vereador. "Mexer com a minha família eu não admito. Eles vão ter que provar o que falaram! Agora essas investigações se tornaram questão de honra e eu vou até o fim".

Marquinho também falou sobre a postura do prefeito Oswaldo Duarte ao determinar a abertura de uma sindicância interna para apurar as denúncias. "Não tenho nada contra a pessoa do prefeito, mas sou contra o PT e a administração que a nossa São Carlos está tendo. Para mim, a ação do prefeito foi colocar a raposa para tomar conta da horta", declarou.

O COMEÇO - Marquinho lembrou que tudo começou depois que ele recebeu diversas denúncias de um funcionário da própria Secretaria de Trânsito dando conta de que secretários de governo, pessoas ligadas ao gabinete do prefeito e até vereadores, estariam cancelando multas de 'apanigados' políticos em troca de favores. Como a abertura da CPI foi barrada pela maioria dos vereadores da Câmara, Marquinho passou a fazer uma investigação paralela e se surpreendeu com o que pode apurar. "O buraco é mais fundo do que eu imaginava. A denúncia que fiz dos dois secretários é apenas a ponta do iceberg", declarou.

Na sessão da última terça-feira (31), utilizando a tribuna da Câmara, o vereador disparou suas acusações contra os secretários Alberto Engelbrecht e Nivaldo Sigoli, os quais solicitaram ao secretário de Transporte e Trânsito de São Carlos, Nilson Carneiro, que suas multas fossem canceladas. "São meus amigos, porém, eles cometeram deslizes e devem pagar por isso".

Marquinho declarou que voltou à Câmara para trabalhar em prol da cidade e lutar pelos interesses da sua população. "Acredito que foi Deus quem me deu a oportunidade, infelizmente, com a morte do amigo e saudoso vereador Mazola, de voltar ao Legislativo e lutar contra os desmandos que andam ocorrendo em nossa cidade com essa petezada no poder. Nada e dinheiro nenhum vai me calar. Meu filho terá a honra, quando crescer, de saber que teve um pai que não se corrompeu e se preocupou com a população são-carlense", finaliza.

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