
O ex-candidato a prefeito pelo Novo, Mario Casale, afirmou na última quarta-feira (29 de janeiro), em entrevista exclusiva ao SÃO CARLOS AGORA, que está relutando para se lançar candidato a deputado estadual ou deputado federal por conta de seu perfil. Ele coloca como uma liderança do executivo, que prima por fazer coisas, gerir projetos e objetivos. Ele ressalta que não se vê como um membro de um parlamento.
Casale não ignora o fato de que uma candidatura à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo ou para a Câmara dos Deputados pode lhe dar visibilidade em 2026 e ajudá-lo a vencer a eleição para prefeito em 2028, mas não tem simpatia e nem motivação pessoal para entrar em tal disputa.
Ele agora está trabalhando no Projeto Integração, onde atua na pecuária numa fazenda em Água Vermelha, criando gado.
Porém, Casale afirma que tal tema será debatido dentro do partido e a chance de ele concorrer ao pleito de 2026, embora atualmente não faça parte de seus planos, também não
Ele acredita ter apostado no plantio de uma semente de uma nova São Carlos um novo jeito de fazer política diferente do que ele chama de fisiologismo da “velha política” do toma lá dá cá, com distribuição de cargos de confiança em troca de apoio político.
Engenheiro de produção mecânica formado pela USP de São Carlos, Casale afirmou que não há qualquer chance de deixar a política partidária. Ele garante que se manterá autuando na política são-carlense.
Com relação ao resultado nas eleições, Mário Casale disse que foi frustrante por um lado e um bom resultado por outro. Casale afirma que fez campanha para vencer as eleições, mas reflete que se deparou com dois projetos gigantescos – um de ex-prefeito que era bem avaliado por grande parte da população (Newton Lima) e de outro do candidato do prefeito Airton Garcia (Netto Donato), ambos com muitos recursos financeiros e horário de rádio e TV ´para fazer campanha. “Me afastei da direção da Casale Máquinas e Equipamentos com o objetivo de participara e ganhar as eleições de 6 de outubro”, comentou.
“Eu me dediquei muito, dediquei um, ano a esta campanha. Queria ser eleito prefeito. No entanto, da forma como o cenário da política de São Carlos fez com que ficássemos espremidos no meio dos dois grandes projetos com muitos partidos e muito tempo de rádio e TV. A população conheceu muito pouco do nosso projeto. Aí também entrou a questão do voto útil. Ouvi muita gente que fala: ‘poxa, eu gostaria muito de votar em você. Você é o melhor candidato. No entanto tive que fazer um voto útil porque vi que você não tinha chances. Isso, infelizmente aconteceu demais. Então, diante deste cenário acredito que o resultado foi bom, com votação expressiva, com 8.413 votos, ou seja, quase 7% dos votos válidos. Então, considerando a conjuntura, foi um bom resultado. Saímos muitos maiores do que entramos. Mostramos que a cidade tem um potencial enorme. Impactou muito na própria eleição do Netto. Nosso posicionamento elevou o nível da campanha levando ideias para a cidade. Então, acredito que no final das contas foi um bom resultado”, ressaltou ele.
Ele também comemorou o crescimento do seu partido. “De 4 prefeituras saltamos para 19 E todas as 4 que tínhamos foram reeleitos com % altíssimo de votos! Dos 4, apenas 1 havia sido eleito pelo Novo, os outros 3 vieram para o partido depois. Ou seja, saímos de 1 eleito para 19 eleitos. Em São Paulo saímos de 0 prefeituras para 4, pra se ter uma ideia do quanto isso é significativo, hoje é o mesmo número do PT no Estado. Fiquei feliz demais por termos, nesse domingo, vencido em uma cidade importante e grande como Taubaté Sérgio Victor e muito próximo de nós temos o Fernando Lubrechet, eleito em Pirassununga! E em SP temos ainda o José Tiveron em Adamantina e Graziela Tomé em Rinópolis”, comentou ele.