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segunda, 17 de março de 2025
Cidade

Loja de São Carlos é acusada de vender celulares e não entregar

Caso tramita na Justiça e já rendeu boletins de ocorrência na Polícia Civil.

12 Fev 2025 - 16h38Por Da redação
Celular - Crédito:  Tânia Rêgo/Agência BrasilCelular - Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A loja Power Cell, que funcionava no Mercado Municipal “Antonio Massei Filho”, está respondendo a vários processos na Justiça sob acusação de ter vendido e não entregado  aparelhos de telefonia móvel, principalmente Iphones.

A postura pode configurar o crime de “estelionato”, além de ferir vários artigos do Código de Defesa do Consumidor. Nem mesmo o oficial de Justiça, conseguiu encontrar o responsável. O representante da Justiça esteve na última sexta-feira, 7 de fevereiro, no endereço da Power Cell, mas lá encontrou outra empresa do mesmo ramo, que está no local há pelo menos seis meses. 

O zelador do Mercado Municipal informou ao oficial de Justiça que o dono deixou de atuar no local 5 há mais de dois anos. Ninguém soube informar o paradeiro do empresário.   

Uma moradora de São Carlos registrou um boletim de ocorrência após se dizer vítima de “um golpe” ao comprar um iPhone 16 Pro Max. A compra foi realizada no estabelecimento comercial no dia 16 de janeiro de 2025.

Segundo o relato da vítima, o aparelho foi adquirido pelo valor de R$ 7.812,00, com o pagamento dividido entre R$ 2.000,00 em dinheiro via PIX e R$ 3.000,00 e R$ 2.800,00 parcelados no cartão de crédito. O vendedor teria prometido a entrega do produto em um prazo de dez a quinze dias.

No entanto, o prazo expirou e a consumidora não recebeu o celular. Após diversas tentativas de contato com o lojista por telefone e WhatsApp, a entrega continuou sendo postergada. Desconfiada, a vítima procurou informações sobre a empresa e constatou que o endereço cadastrado junto à Receita Federal era diferente do local onde a loja supostamente operava.

Diante da situação, a vítima procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de São Carlos. O caso foi encaminhado para outra unidade policial para investigação. Até o momento, a consumidora não recebeu o celular nem ressarcimento pelo valor pago.

PROCON – A reportagem tentou falar com o PROCON, mas o órgão de defesa do consumidor disse já estar atuando neste caso e que fará um pronunciamento sobre as medidas tomadas nesta quinta-feira, dia 13 de fevereiro. 

OUTRO LADO – A reportagem tentou, durante toda a tarde de ontem falar com o empresário, mas ele não retornou às ligações e também não respondeu as perguntas feitas através de mensagens via WhatsApp . O espaço segue aberto para manifestação. 

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) considera prática abusiva a não entrega de produtos. 

Como reclamar? 
•    Registrar uma reclamação no Procon
•    Registrar uma reclamação no Reclame Aqui
•    Entrar com uma ação no Juizado Especial Cível (JEC)
•    Formalizar uma reclamação na plataforma consumidor.gov

 Como se preparar para uma ação judicial? 
•    Guardar todas as conversas com a empresa
•    Guardar e-mails, notas fiscais, boletos
•    Registrar o histórico de tentativa extrajudicial

Considerações adicionais
•    A empresa pode estar cometendo o crime de estelionato 
•    O consumidor pode buscar auxílio de um advogado ou da Defensoria Pública 
•    Dependendo do tipo de produto ou serviço, o consumidor também pode apresentar reclamações em órgãos reguladores

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