quinta, 28 de março de 2024
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Funcionários do HE protestam em frente à Prefeitura Municipal

28 Jun 2013 - 09h32

Funcionários do Hospital Escola (HE) promoveram um protesto na noite desta quinta-feira (27) defronte à Prefeitura Municipal de São Carlos. De acordo com o diretor do HE, Sérgio Luiz Brasileiro Lopes, atualmente o hospital passa por dificuldades financeiras e pode parar as atividades. A falta do repasse de verba da Prefeitura é um dos motivos, aponta o diretor.

Para normalizar o repasse de verbas a Prefeitura está exigindo da direção do HE a prestação de contas dos últimos anos. Em entrevista concedida a imprensa há algumas semanas, o prefeito Paulo Altomani (PSDB) afirmou que os gastos do HE por leito são exageradamente maiores que os da Santa Casa.

Uma reunião do Conselho Municipal de Saúde para discutir o futuro do Hospital Escola (HE), que estava agendada para acontecer ontem foi adiada por conta do protesto que contava com cerca de 70 pessoas.

Os manifestantes não aceitaram formar uma comissão para conversar com o prefeito Paulo Altomani (PSDB). Eles queriam participar da reunião do Conselho Municipal de Saúde.

Em entrevista coletiva à imprensa, Altomani  desmentiu que o Hospital Escola poderá fechar as portas. Segundo ele a gestão da saúde é de responsabilidade do município, e disso ele não abre mão. “No dia 27 de fevereiro estiveram na prefeitura o senhores Celso Pedrino e Sebastião Elias Cury, do grupo SAHUDES. Nós pedimos que eles nos entregassem a gestão do Hospital Escola. Em principio eles concordaram, nós temos testemunhas aqui desta reunião, mas depois de uma semana voltaram atrás. A partir daí ficou o impasse, pois consideramos os valores repassados muito altos para quem oferece 14 leitos adultos e outros sete infantis. Dessa forma, mantemos a nossa posição de conferir a prestação de contas e ter a certeza da destinação do dinheiro, que é público e que deve ser administrado com seriedade”.

Altomani lembrou que o objetivo é transformar o HE um grande Hospital Universitário Regional. “Do lado direito, onde funciona o primeiro módulo, vamos inserir o AME Regional, que vai oferecer oncologia, pediatria, psiquiatria e demais especialidades que o AME puder colocar em são Carlos”.

O prefeito destacou ainda que o povo está sofrendo por questão de insalubridade do próprio hospital, que não tem condições de prestar o atendimento correto, como recomenda a Vigilância Sanitária, Estadual e Municipal, que por sinal,  já detectaram as dificuldades e informaram os órgãos competentes através de relatório. “Existe uma contaminação com poeira e vapor de água que a Vigilância já informou, impondo uma série de condições para que o hospital continue funcionando.Então é necessário cautela e bom senso para tratar a questão”,  justifica o prefeito, que já teve acesso ao documento.

Com relação a falta de medicamentos informada pelo SAHUDES, Altomani já determinou ao secretário interino de Saúde, Julio Soldado, a compra do material que for solicitado. Na coletiva, entretanto, Soldado informou que tentou várias vezes contato com o HE para tomar conhecimento da relação de medicamentos. “O prefeito já determinou, o dinheiro está reservado, mas não conseguimos saber quais medicamentos devem ser comprados. Se não nos informarem, não conseguiremos efetuar a compra”, disse Julio.

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