Os alunos da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos realizarão nas próximas quinta (17) e sexta-feiras (18) uma paralisação contra a ação de desocupação realizada pela Polícia Militar na última semana.
Segundo a direção do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira (Caaso), ficou deliberado por assembléia realizada na última quinta-feira (10) por uma paralisação nos próximos dois dias com uma programação que contempla aula pública, ato, assembléias de curso e nova assembléia extraordinária do Caaso para rediscutir a greve em São Carlos.
Também são questionados pelos alunos da USP São Carlos o projeto elitista, privatista e mais antidemocrático que vem sendo implementado na universidade durante essa gestão. A eleição para reitor é restrita, na qual alunos, funcionários e professores não têm paridade de votos. De uma lista tríplice resultante da votação, João Grandino Rodas foi indicado pelo então governador José Serra, apesar de ser o segundo colocado na votação.
Os estudante também acusando o reitor de improbidade administrativa, como nomeação de cargos de confiança sem concurso público, e a declaração de persona non grata na Faculdade de Direito, da qual já foi diretor. O reitor vem sendo investigado pelo Ministério Público por algumas destas medidas.
Outras ações do reitor questionadas pelos estudantes:
- - Tentativa de fechamento de cursos na EACH;
- - Elaboração de um orçamento fechado que não contaram com a consulta da comunidade universitária;
- - Construção de obras de interesse duvidoso que custarão 240 milhões de reais aos cofres públicos;
- - Aluguel de imóveis em áreas nobres da cidade de São Paulo;
- - Demissão de 271 funcionários sem aviso prévio e justa causa.