quarta, 24 de abril de 2024
Crie um aplicativo como uma garota

Equipe premiada da USP São Carlos explica como desenvolveu proposta para alfabetização

Quatro estudantes premiadas em desafio internacional vão relatar a experiência na próxima quinta-feira, 28 de janeiro, a partir das 19 horas, durante evento online da série “ICMC Ao Vivo: Diálogos Construtivos"

27 Jan 2021 - 07h40Por Denise Casatti
O aplicativo já tem até um mascote, Beto, criado por Ana Laura - Crédito: DivulgaçãoO aplicativo já tem até um mascote, Beto, criado por Ana Laura - Crédito: Divulgação

Uma proposta de aplicativo que pode ajudar na alfabetização de adultos fez quatro alunas da USP conquistarem o primeiro lugar em uma competição internacional. O reconhecimento, obtido em dezembro, surpreendeu o time feminino, que agora vai relatar essa experiência em um evento online na próxima quinta-feira, 28 de janeiro, a partir das 19 horas.

É quando Ana Laura Chioca Vieira, Luísa Moura, Luiza Machado e Marina Machado, alunas do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, participarão do quinto evento da série ICMC Ao Vivo: Diálogos Construtivos.

Além de explicar como elas criaram a proposta do aplicativo e quais são os desafios para colocar a ideia em prática, as garotas vão falar sobre os muitos mitos que envolvem o desenvolvimento de um aplicativo e as barreiras que costumam impedir que o público feminino se engaje nesse tipo de iniciativa.

Gratuito e aberto a todos os interessados, o evento não demanda inscrições prévias e será transmitido pelo canal ICMC TV no Youtube. As participantes também responderão às dúvidas do público, que poderá enviar suas questões por meio do chat.

APLICATIVO PARA ALFABETIZAÇÃO

O projeto de criar uma solução para contribuir com a alfabetização de adultos tem data de nascimento. Surgiu nos dias 17 e 18 de outubro do ano passado, quando foi realizado o SheHacksBr, um desafio de tecnologia para universitárias.

Um pouco antes do evento, as quatro alunas do ICMC combinaram que formariam uma equipe para participar da competição. No evento, descobriram que o objetivo era criar uma ferramenta tecnológica destinada a melhorar a qualidade de vida da população.

Durante uma reunião para troca de ideias, surgiu a questão do analfabetismo. Mas como criar um aplicativo para promover a alfabetização? Em busca dessa e de outras respostas, as garotas foram consultar pedagogas e investigar o tema.

Assim nasceu o ABC, um projeto de aplicativo para democratizar o acesso aos conhecimentos básicos que habilitam a plena leitura e a escrita, voltada para atender aos 62 milhões de adultos brasileiros que são funcionalmente analfabetos: pessoas que podem ler sentenças curtas, escrever o próprio nome, mas são incapazes de ler livros.

O aplicativo já tem até um mascote, Beto, criado por Ana Laura. A ideia é que, por meio de vídeos e dicas, Beto ajude o público a navegar pelo alfabeto de novos conhecimentos. Ao longo do caminho, será possível também avaliar o progresso do aprendizado respondendo a questões (quiz) e realizando exercícios.

A proposta criada pelas garotas em outubro ficou em terceiro lugar no SheHacksBr. Devido ao bom resultado, elas foram uma das quatro equipes convidadas pela Agência USP de Inovação a participar da competição internacional promovida pela Arizona State University e pela empresa social Devex, em que conquistaram a primeira colocação na categoria “comunicação de impacto”.

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