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Em assembleia histórica, servidores rejeitam proposta da Prefeitura e continuam em greve

28 Abr 2014 - 11h20Por Sindspam
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Centenas de servidores públicos municipais e autárquicos de São Carlos, lotaram nesta sexta-feira (25) a área de estacionamento da sede do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de São Carlos (SINDSPAM), para participarem da assembleia geral para votar pela rejeição ou aprovação da proposta enviada pela Prefeitura Municipal em reajustar o salário da categoria. A Administração propôs aumento de 7% no salário e 7% no ticket refeição, pela maioria dos servidores presentes, a proposta foi recusada e a greve da categoria que já entra neste sábado no quinto dia de duração, terá sequencia na próxima semana. A Prefeitura Municipal tentou forçar uma situação de forma que a favorecesse na assembleia e enviou para a sede do sindicato dezenas de cargos de confiança, até secretários como do Trânsito, Infância e Juventude, Obras, comando da Guarda Municipal e diretores de fundações no intuito de votar a favor do aumento dos 7%, mas a tática não deu certo e pela maioria esmagadora dos servidores públicos de carreira a proposta foi rejeitada. A disputa apesar de tensa ocorreu de forma democrática o que valorizou ainda mais o resultado da assembleia. 

Após a decisão soberana dos trabalhadores, foi decidido que a greve da categoria continuará. Logo após a assembleia os membros do comando de greve se reuniram para se programarem neste final de semana. Já foi deliberado pela comissão que na próxima segunda-feira (28) os servidores da Educação irão aderir a greve, com isso as atividades nas unidades da rede municipal de ensino serão afetadas. 

Ao final da assembleia o presidente do Sindspam, Adail Alves de Toledo, lamentou a falta de uma proposta mais atraente para a categoria. “O dia e hoje foi um dia bastante tumultuado, a gente tentou trazer para assembleia uma outra proposta, não essa que foi rejeitada, até às 18h30 ficamos aguardando uma nova proposta da Administração, tive vários contatos com o Júlio Soldado (secretário de Governo), fizemos vários propostas, chegamos até a reduzir ainda mais o que estávamos pleiteando mas não teve acordo, não conseguimos chegar em um número satisfatório para os servidores, os 7% oferecidos, adiantamos a eles (Administração) que essa proposta seria rejeitada”.

Adail agradeceu a presença maciça de servidores na assembleia desta sexta. “A presença dos servidores nesta quantidade foi fantástica, foi a primeira vez que vi isso em uma assembleia, para que ninguém depois venha dizer que foi uma assembleia política, manipulada ou coisa parecida, todos os servidores presentes assinaram uma lista de presença com o seu número de registro, inclusive aqueles que foram enviados pela Administração que são os cargos de confiança, pessoas de fora, nem de carreira são, mas que participaram democraticamente e votaram”. 

Questionado se ele não teme que o movimento grevista seja levado para a Justiça, Adail disse que teme sim, mas que os servidores estão conscientes desse risco.

“A gente corre esse risco, mas os servidores estão conscientes disso, mas eu já acho que a Administração esta pensando nisso, conforme declaração do secretário de Governo na imprensa, porém tudo isso é prejudicial para os dois lados, primeiro, até se julgar essa greve, quanto tempo irá levar? E o prejuízo da população? O servidor vai perder? Vai perder, pode perder os dias parados, pode perder os 7% e só ganhar o IPCA, mas temos conhecimento disto”. Em relação ao futuro do movimento, Adail disse que uma paralisação geral está agendada para ocorrer no próximo dia 29 de abril. 

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