
O economista Paulo Cereda aposta que o Dia das Mães de 2025 deve ser marcado por um avanço modesto nas vendas do comércio varejista de São Carlos. "Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), que fez uma pesquisa a respeito do Dia das Mães, revelam que há uma previsão de crescimento do faturamento das lojas de 1,9%. A pesquisa não fala se é ou não descontada a inflação do período. Se for descontada a inflação, é um crescimento de quase 2% em comparação com o ano passado. É um crescimento pequeno. Agora, se não foi descontada a inflação, e o crescimento foi de quase 2%, então temos o faturamento das empresas andando de lado, com um crescimento abaixo da inflação", destaca ele.
Com relação ao ticket médio e o tipo de presente, segundo Cereda, está um pouco difícil prever o que o pessoal vai fazer. "O segmento de joias e semijoias tem uma inflação de 33,7%. Chocolate teve aumento de 21,5% e perfume 9,8%. São três linhas de presentes normalmente oferecidos para as mães nesta data. Perfume e chocolate são os mais baratos. Vestuário e sapatos serão, sem dúvidas, os presentes mais procurados para homenagear as mães", comenta.
Segundo ele, o ticket médio, o valor médio dos presentes não deve aumentar. "Pelo contrário. Deve cair com relação ao ano anterior, pois os produtos estão, em geral, muito caros. Os preços subiram muito. Os itens de alimentação também estão mais caros. Então, o próprio almoço fora de casa no Dia das Mães, está mais caro do que no ano passado. Tudo isso deve reduzir o ticket médio dos presentes", diz Cereda.
A boa notícia, segundo Cereda, vem da linha branca. "Fogão e geladeira tiveram redução de 2,8% nos preços. Mesmo assim, são produtos que tem um ticket médio alto. Não sei se muita gente decidirá comprar produtos caros como estes. O Dia das Mães é sempre uma data importante para os comerciantes. É o segundo Natal. Vende-se muito. É importante todo mundo ter uma estratégia para elevar usas vendas. Mas não acredito que vai ser tão bom assim como algumas pessoas acreditam. Os próprios dados da CNC apontam para um crescimento de 1,9%. E isso não é um salto nas vendas de encher os olhos".