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CPI da Revita ouviu depoimento de Capuccino e Soldado

02 Out 2015 - 08h53
Membros da CPI da Revita ouviram depoimento de Júlio Soldado. (Assessoria de Imprensa CMSC) - Membros da CPI da Revita ouviram depoimento de Júlio Soldado. (Assessoria de Imprensa CMSC) -

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na execução do contrato Nº 132/2012 entre prefeitura e empresa Revita Engenharia S/A ouviu o depoimento de Marcelo Capuccino – superintendente de Serviços Públicos – e Júlio Soldado – ex-secretário de Governo que foi convocado em função de também ter assumido interinamente a Secretário Municipal de Serviços Públicos nos meses de março e abril de 2013.

Participaram das oitivas os vereadores Lineu Navarro (PT) – presidente da CPI, Marquinho Amaral (PSDB) – relator, Cidinha do Oncológico (SD) e Laíde Simões (PMDB).

Lineu destacou o depoimento de Júlio Soldado pelo motivo de o ex-secretário ter assinado o trâmite de dois processos de pagamento para a empresa Revita Engenharia S/A referentes aos serviços prestados nos meses de março e abril de 2013. Nesses processos, Soldado atesta o recebimento do serviço e dá aceite na medição apresentada pela empresa.

Um ponto chave das investigações é o aditivo ao contrato assinado em 19 de março de 2013. “O contrato permitia majorar em 25% os valores dos serviços prestados pela Revita, porém, o aditivo autorizou aumento aproximado de 65%. O pagamento que era da ordem de 470 mil foi para 820 mil, particularmente nos dois meses em que Soldado estava como secretário, dando o aceite para a tramitação do processo. Ele não soube explicar isso e reconheceu se tratar de uma ilegalidade, assim como reconheceu também que assinou esses documentos”, relatou Lineu.

EXECUÇÃO DE SERVIÇOS – Sobre a execução dos serviços previstos no contrato Nº 132/2012, Lineu comentou que tanto Capuccino, como Soldado reconheceram que era ilegal ter trocado a varredeira por outros tipos de serviços, pois não houve aditivo ao contrato permitindo essa alteração. “Soldado afirmou que a varredeira deixou de ser utilizada nos serviços já na primeira semana de 2013 por uma determinação do prefeito. E que eles [Soldado e Capuccino] atestaram os serviços sabendo que era uma ilegalidade que a prefeitura estava cometendo”, disse Lineu.

INFLUÊNCIA - De acordo com o presidente da CPI, Soldado fez colocações indicando que tanto o prefeito, como Waldomiro Bueno – atual secretário de Governo e ex-procurador geral do município – tinham uma relação muito íntima com os diretores da empresa. “Na campanha de 2012 o atual prefeito não teve contribuição financeira da empresa, mas recebeu da Revita 100 mil reais na campanha de 2008. Sobre candidatos a deputado em 2014, Soldado também declarou que não interferiu na doação a alguns candidatos da cidade, mas acha que o prefeito usou de sua influência junto à empresa para determinados nomes”, comentou Lineu.

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