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Saúde

Controle glicêmico pode ocasionar alterações vasculares e queda no desempenho funcional de idosos diabéticos

Hipótese é levantada por pesquisadores da UFSCar que estão recrutando voluntários para estudo sobre o tema

17 Mai 2018 - 07h02Por Redação
Testes serão realizados no Departamento de Fisioterapia da UFSCar - Crédito: CCS/UFSCarTestes serão realizados no Departamento de Fisioterapia da UFSCar - Crédito: CCS/UFSCar

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem o objetivo de avaliar a influência do controle glicêmico na rigidez arterial e no desempenho funcional de idosos portadores de diabetes tipo 2. Para desenvolver o estudo, os pesquisadores estão convidando voluntários que farão testes e exames gratuitos na Universidade.

De acordo com Alessandro Heubel, mestrando que integra o grupo da pesquisa, a escolha da temática foi motivada pelo desafio de se estudar uma doença crônica, como o diabetes tipo 2, que afeta mais de 20% da população idosa no Brasil e é responsável direta por mais de 50 mil mortes anuais. O diabetes consiste no aumento persistente do açúcar no sangue, resultado da deficiência na produção e/ou ação da insulina (hormônio que metaboliza carboidratos e açúcares). Dentre as principais consequências da doença estão o maior risco de acidente vascular cerebral e de infarto agudo e complicações como cegueira, insuficiência renal e amputação dos pés.

Além disso, Heubel diz que há estudos que já vêm demonstrando que um controle glicêmico deficiente pode acelerar o aparecimento de outras complicações como mudanças estruturais no sistema circulatório e alterações nos vasos sanguíneos. "Isso pode prejudicar o aporte de nutrientes ao sistema muscular, o que levaria ao declínio da força muscular e dificuldade em atividades como andar, sentar e levantar, que são essenciais para a independência da pessoa idosa", afirma o pesquisador.

A expectativa é que o trabalho comprove que os idosos com diabetes e controle glicêmico insatisfatório apresentam maior rigidez de vasos sanguíneos e pior desempenho funcional quando comparados àqueles que tenham bom controle da glicemia. "A partir dessa confirmação, esperamos contribuir com a proposição de estratégias específicas, objetivando a redução do risco de complicações cardiovasculares associadas ao diabetes", aponta Alessandro Heubel.

Para desenvolver o estudo, estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, a partir dos 60 anos, que tenham diagnóstico de diabetes. Os participantes farão exame de sangue e passarão por avaliação do sistema circulatório e testes físicos para avaliação da marcha e força muscular das pernas, no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. Os interessados devem entrar em contato com os pesquisadores até o dia 30 de junho, pelo telefone (16) 3306-6704 ou pelo WhatsApp nos números (14) 99797-7887 ou (16) 99616-9854.

A pesquisa é realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob supervisão de Renata Gonçalves Mendes, docente do DFisio, e tem a participação dos pós-graduandos Erika Kabbach e Alessandro Heubel e dos graduandos Guilherme Migliato e Isabella Russo.

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