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quinta, 27 de março de 2025
Sem moradia

Construtora deixa são-carlenses “a ver navios"

31 Dez 2018 - 09h20Por Redação
Construtora deixa são-carlenses “a ver navios" - Crédito: Divulgação Crédito: Divulgação

O ano de 2018 termina com mais uma polêmica em São Carlos, envolvendo uma instituição financeira e uma construtora e atingiu aproximadamente 60 pessoas que buscam a casa própria, mas ficaram “na mão”.

Na tarde desta quinta-feira, 27, um dos atingidos entrou em contato com o São Carlos Agora e narrou o drama, salientando que se sente abandonada pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Danielle Santos de Lima, 25 anos, auxiliar administrativa, está prestes a casar e disse que vários são-carlenses aderiram a um empreendimento denominado Residencial Aprília, um conjunto de prédios (condomínio) que seria construído na Avenida Gregório Aversa. A compra aconteceu entre agosto e setembro de 2017 e a data de entrega estava prevista para o final de 2019. A responsável seria a Fortefix Construtora e Incorporadora.

Daniele lembra que na época foram pagas taxas e os contratos assinados. “No ato pagamos um valor e mês após mês, outras taxas pré-estipuladas”, disse

Desde então, a denunciante disse que ela, bem como outros compradores acompanhavam os trabalhos. Entretanto, a partir de maio deste ano, Daniele notou algo diferente.

“Os funcionários simplesmente pararam. Entrei em contato com a imobiliária e disseram que a construtora [Fortefix] faliu. Nos chamaram para conversar pessoalmente e fomos informados que aquela empresa realmente parou e entregou as obras para a Caixa que teria que abrir um novo processo, contratar uma nova construtora e dar sequência. Mas passaram-se sete meses e ninguém dá uma posição”, disse Daniele.

Ela informou que a entrega do condomínio está dentro do prazo, mas fez uma ponderação: “Acredito que é difícil ou impossível construir um prédio em cinco meses”.

De acordo com ela, deveriam ser construídas três torres. “Meu empreendimento estaria no Bloco C e assinei contrato com a Caixa. Eles dizem que tenho uma garantia e que vou ter minha moradia. Mas não informam quando. Já os compradores dos outros dois blocos, não assinaram contrato e pagaram entrada diretamente para a construtora. Acredito que eles terão uma dor de cabeça ainda maior, pois a Fortefix sumiu no mundo e terão que entrar na Justiça”, afirmou.

TRATAMENTO RUIM

Desde que os problemas começaram, a auxiliar administrativa afirmou que o tratamento que tem recebido, principalmente pelo banco é péssimo.

“Tratam a gente como um lixo. Mas continuamos a pagar mensalmente pela obra. Contudo a Caixa deixa a gente a ver navios e lavaram as mãos. O duro é que precisamos de nossa moradia. Estamos preocupados. Vou casar e não tenho casa”, finalizou.

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