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Comércio deve aproveitar Dia da Mulher como oportunidade de engajamento

03 Mar 2018 - 08h24Por Redação
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Cada vez mais o público feminino assume o protagonismo na sociedade e mercado de trabalho, ocupando cargos de liderança e conquistado maior independência financeira, o que influencia diretamente em seu poder de consumo.

Embora o Dia Internacional da Mulher não seja uma data tão expressiva para o faturamento, ela pode ser utilizada como ferramenta para cativar e fidelizar o público feminino, tão influente para o comércio.

"Muitos empresários e comerciantes entendem que o Dia da Mulher é uma oportunidade de atrair e engajar o público feminino, pois muitas mulheres são responsáveis pela renda familiar e com grande poder de influência e decisão na hora da compra", comentou José Fernando Domingues, presidente da Acisc (Associação Comercial e Industrial de São Carlos).

Alguns setores do varejo, como o de flores, esperam alavancar as vendas. "As demandas corporativas já são esperadas para esta data. Inclusive, consultamos alguns empresários e constatou-se uma migração das vendas, no caso o Dia da Secretária, costumava gerar maior procura das empresas para presentear funcionárias, mas hoje o Dia da Mulher também tem ganhado representatividade no calendário de vendas", explicou o presidente.

A expectativa da Acisc é que outros setores também poderão lucrar com a data, como o de vestuário, joias, bijuterias, cosméticos, prestação de serviço e restaurantes. "Estamos sempre estimulando os comerciantes a realizarem promoções e ações voltadas às datas comemorativas. Conforme um levantamento que divulgamos recentemente, estamos em um cenário econômico propício à recuperação, o consumidor está mais confiante com o futuro e isso reflete no aumento das vendas", ressaltou.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO

Um estudo global realizado pela Nielsen analisou as tendências de consumo para a mulher brasileira, e levantou que as vaidosas representam 36,4% da população feminina e 48% gastam acima da média das mulheres com produtos de cuidado pessoal, com uma frequência 17% maior. O estudou apontou ainda que esse perfil de mulher é engajado por promoções e influenciadas por plataformas online, como o Facebook (89,2%), seguido pelo YouTube (43,4%) e pelo Instagram (34,4%). Apesar da tecnologia e da variedade de canais informativos, o boca a boca com amigos ou familiares é o meio mais confiável para as mulheres, seguido pela conversa com outros consumidores.

EMPREENDEDORISMO

Segundo dados do IBGE, as mulheres apresentam maior proporção de empreendimentos registrados no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do que os homens. Em 2016, 20,3% daquelas que trabalhavam por conta própria possuíam registro, enquanto o percentual entre eles era de 18,2%. A diferença era ainda maior entre as empregadoras, com 86,1% de empreendimentos com CNPJ frente a 80,2% dos empreendimentos de empregadores do sexo oposto.

Uma pesquisa do Sebrae mostrou que o número de mulheres à frente de micros empreendimentos tem crescido muito no Brasil, especialmente no que diz respeito ao comércio e à prestação de serviços. Entre as atividades mais frequentes entre as mulheres em todo o Brasil está o varejo de artigos de vestuário e acessórios, que registra 75% de participação de mulheres no comando.

De acordo com o livro "Por que elas compram?", da autora Bridget Brennan, o sexo feminino representa 65% das compras de vestuário, 52% de todas as compras de veículos novos, inclusive caminhões, e elas têm influência na compra de 80%. Nos eletrônicos, o percentual é de 45% nas compras feitas por elas e de 61% nas que elas influenciam; 20% das compras de moradia são feitas por mulheres solteiras e 91% é o percentual de todas as compras no setor influenciadas por mulheres. Os setores de plano de saúde (80%), viagem (70%), seguros, investimentos e planos de aposentadoria (90%), vinhos (55%) e jogos eletrônicos (40%) também são dominados por elas.

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