

Os comerciantes da região dos Altos da Cidade, que envolve o trecho entre as vias Dr. Carlos Botelho, 15 de Novembro também todas as ruas e avenidas paralelas e transversais até o Terminal Rodoviário e o Cemitério Nossa Senhora do Carmo, estão temendo que a região passe a ter várias "Cracolândias".
A situação vem causando revolta, pois, de acordo com os lojistas, tais fatos vêm afugentando os clientes dos estabelecimentos daquela zona da cidade. Segundo eles, a falta de câmeras de vigilância naquelas vias acaba tornando o local mais vulnerável para a ação de criminosos.
A região, segundo os empresários está tomada por de usuários de drogas e pessoas em situação de rua, causando transtornos para comerciantes, moradores e pedestres. Furtos, assaltos e importunação das pessoas que passam pelo local, são fatos comuns.
A situação, de acordo com os empreendedores vem causando desordem pública, com abordagens agressivas a clientes. Além disso, a limpeza está sendo comprometida, com moradores de rua urinando e defecando em vias públicas e descartando invólucros de entorpecentes em calçadas.
Antonio Francisco, que atua como segurança na região, afirma que existem muitos meliantes nas ruas, além de pessoas que são dependentes químicos e pedinte em semáforos. "Muitos deles promovem furtos e assaltos".
Ele denuncia que existem cerca de 30 pessoas morando na praça em frente ao Cemitério Nossa Senhora do Carmo. "Temos de 10 a 15 pessoas que importunam as pessoas invadindo padarias e outros estabelecimentos para pedir esmolas. Nós gostaríamos que houvesse mais fiscalização, visitas a este pessoal, para tratamento de saúde e encaminhamentos. Em outras cidades os prefeitos estão visitando os moradores de ruas para ver as medidas a ser tomadas em cada caso. Muitos moradores de ruas não são de São Carlos", ressalta ele.
Ele lamenta que a boa vontade de alguns voluntários, que de forma humanitária servem sopões e outros tipos de alimentos aos moradores de rua, acaba incentivando os moradores de ruas de outras cidades a migrarem para São Carlos, ampliando ainda mais os problemas. "Quando as pessoas, de bom coração, ajudam os que são de São Carlos é positivo. O problema é que a notícia se alastra e incentiva outros a virem para cá, o que só piora a situação".
A comerciante Livia Pereira Santana lamenta a falta de fiscalização e trabalho social para reduzir os moradores de rua vem ampliando este contingente na região central de São Carlos. "Nós nos sentimos oprimidos. Esta situação atrapalha o comércio, pois assusta os consumidores, que temendo ser molestados, vão comprar em outras regiões da cidade".
Livia destaca que a ajuda voluntária não dá conta de atender à demanda dos moradores de rua. Por outro lado, ela destaca que entre os moradores de rua existe uma mistura de infratores, pessoas com problemas mentais e usuários de drogas e alcoólatras. "Estamos tendo prejuízos financeiros e vivemos com medo. Lamentamos que não tenhamos ainda uma solução para estes problemas".
VEREADOR COBRA PROVIDÊNCIAS Em março deste ano o vereador Leandro Guerreiro (PL) encaminhou as reclamações dos comerciantes dos Altos da Cidade para o prefeito Netto Donato (PP) através de um requerimento.
Guerreiro reivindicou a Instalação imediata de câmeras de monitoramento em pontos estratégicos da Rua XV de Novembro e da Rua São Joaquim, ampliação do patrulhamento da GM e da PM na região, com rondas periódicas e fiscalização intensificada, articulação com a Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social e Cidadania (SMDSC) para o encaminhamento adequado de pessoas em situação de rua e dependentes químicos, garantindo soluções humanizadas e eficazes para a questão.
O parlamentar alerta que se as medidas necessárias não forem tomadas, o agravamento desse quadro pode levar a consequências ainda mais sérias, como o fechamento de comércios, aumento do desemprego e o possível surgimento de conflitos entre cidadãos e indivíduos que praticam atos ilícitos na região. "A negligência na implementação de ações concretas pode resultar na perda de controle da ordem pública e na intensificação de episódios de violência urbana, colocando em risco não apenas os comerciantes e seus clientes, mas toda a comunidade local", ressalta Guerreiro.
OUTRO LADO A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Carlos informa que a drogadição e furtos eles precisam da ação da Polícia Militar. A Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania faz rondas diárias, mas não pode levar as pessoas obrigadas para os albergues. A Guarda Municipal faz rondas e quando flagra a drogadição encaminha para a CPJ, porém a Polícia Militar também atua.