sexta, 19 de abril de 2024
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Ciesp discute Política de Resíduos Sólido

26 Out 2012 - 14h39

Núcleo Regional de Inovação, do Ciesp São Carlos, lança projeto editorial pioneiro que mostrar como o empresariado através de inovação incrementa à produção industrial

O seminário "Resíduos Sólidos - As Responsabilidades de Cada Setor" levou perto de 150 empresários na noite de ontem (25) a sede do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), em São Carlos. Na ocasião, o especialista de projetos de gestão ambiental, Jorge Luiz Rocco, do Ciesp São Paulo, apresentou ao empresariado as leis, regras e datas limites impostas pelo governo para a gestão do resíduo sólido.

A reunião também foi palco para o lançamento da primeira edição da Revista Ciesp que chegou com o objetivo de mostrar as inovações no setor industrial sejam elas de produto, processos, gestão ou mercadológicas. A revista trouxe a trajetória do empresário Sérgio Pepino, que este ano recebeu o título de "Industrial do Ano".

RESÍDUOS SÓLIDO - Na avaliação de Rocco, a política traz ao empresariado vários desafios, principalmente, no que tange a criação de uma escala que traga soluções para absorver os resíduos gerados não só da indústria como também pela sociedade.

Ele exemplificou durante a palestra que o número de empresas que fazem a reciclagem de lâmpadas fluorescentes para separar o mercúrio - metal tóxico com alto risco de contaminação - de outros elementos, como cobre, pó fosfórico, vidro e alumínio, no País é muito pequeno. "Não temos empresas façam esse trabalho em larga escala. O governo estimulou as reciclagens através de cooperativas impulsionando o trabalho social e se esqueceu de estimular a indústria que faz esse processamento", mostrou Rocco, ao afirmar que se tem um gargalo nesse elo produtivo.

O especialista foi além ao afirmar que a cadeia a ser criada pelas novas responsabilidades ambientais impostas pela Política Nacional, vigente desde 2010, atinge não só a indústria de forma individual, mas abrange toda a sociedade.

"Em determinados momentos, dependendo da caracteriza da embalagem ou do produto pós-consumo, vai ter de se trabalhar com parcerias entre cadeias produtivas, o poder público municipal,associações de catadores de material reciclável, além do envolvimento da sociedade para contribuir para o processo, quer seja pelos instrumentos do sistema de logística reversa, pós-consumo ou a coleta seletiva municipalizada", explicou Rocco.

As leis federal e estadual de resíduos sólidos criam responsabilidades para todos os setores envolvidos no consumo dos produtos. Até então havia pressão sobre quem produzia, mas agora envolve todos os elos da cadeia, e também o consumidor. A não separação do lixo doméstico, por exemplo, poderá gerar multa ao morador.

Presente na reunião o empresário e prefeito eleito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB) afirmou que o papel da iniciativa pública nesse primeiro momento é incentivar as cooperativas de catadores estruturando o sistema para um trabalho com dignidade. "Na sequencia é tratar os resíduos da estação de tratamento de esgoto na utilização do lodo com a reutilização na agricultura e como combustível em caldeira, já que tem um grande poder energético e de combustão", afirmou.

REVISTA CIESP - Com a proposta de unir, assessorar e discutir questões de interesse da classe produtiva, o Núcleo Regional de Inovação (NRI) coordenado por Rogélio Barnardelli e composto pelos empresários Deivid Varandas e Ednéa Casagrande Pinheiro criaram a Revista Ciesp. Em sua primeira edição a inovação se apresentou como tema e buscou nas indústrias da cidade a relevância do tema no processo produtivo.

Para o diretor titular da diretoria regional de São Carlos, Ubiraci Moreno Pires Corrêa, a Revista Ciesp faz parte da estratégia de valorizar a produção industrial da regional de São Carlos que é composta por 13 cidades, cujo objetivo é mostrar as tecnologias de ponta criadas pelo empresariado. "São inovações que colocam as indústrias em destaque no cenário nacional e internacional".

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