quinta, 25 de abril de 2024
Cidade

Candidatos perdem prova de concurso, se revoltam e queixam de trânsito na UFSCar

04 Dez 2017 - 07h33Por Abner Amiel/Folha São Carlos e Região
Foto: Abner Amiel/Folha São Carlos e Região - Foto: Abner Amiel/Folha São Carlos e Região -

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) realizou neste domingo, 3, a prova objetiva do concurso público para vaga de técnicos administrativos. Mas o que ficou marcado foram os muitos candidatos que ficaram revoltados na frente dos prédios de aulas teóricas, conhecidos como ATs, após perderem o exame.

A prova estava marcada para começar às 13h30, mas por causa do trânsito no interior da Universidade muitos chegaram no horário em ponto e colidiram com as portas fechadas.

As principais queixas dos candidatos por terem chegado atrasados, segundo eles, foram a demora dos registros de placas de automóveis na portaria da Universidade, falta de comunicação e de sinalização.

"O trânsito foi o maior problema, antes de entrar na portaria da universidade estava tudo bloqueado, bagunçado, não tinha ninguém para dar informação, para informar os ATs a nos esperar. Nós conseguimos entrar no campus às 13h, mas não chegamos a tempo na sala de prova no AT7", desabafou a são-carlense Silvana Gianoti de São Carlos.

A reportagem acompanhou a revolta no dos candidatos no AT7. No prédio, em torno de 30 pessoas se programaram, estudaram, pagaram R$ 70 reais, mas perderam o exame.

Rubens Gomes Junior está desempregado e via na prova esperança de retorno ao mercado de trabalho.

"O trânsito estava caótico, foi uma zona. Eu estacionei o carro eram 13h27, vim correndo com minha namorada, suei, a 5 metros da porta deu 13h30 e eles fecharam, não deram satisfação, não tinha ninguém", declarou. "É triste porque R$ 70 reais faz falta, eu estou desempregado, eu estudei para vir fazer. O revoltante é que não chegamos atrasado, se tivesse tudo bem, mas chegamos na hora".

A candidata Débora Cristina Rodrigues reclamou da falta de organização. "Já não aplicam desde aqui o que eles exigem na prova que é respeito, ética, organização. Que organização?", interrogou. "Eles não tem respeito nenhum pela gente, desde a portaria não tem um rádio para se comunicar com os ATs, a gente quase morre para chegar aqui, não tiveram um pingo de consideração. Teve AT que estava deixando entrar e aqui não, sendo que é o mais distante, que ética que eles exigem, que eles mesmo não aplicam", se queixou.

Ângela Beatriz de Grande é de Monte Alto e viajou 100 km para fazer o exame. "Não entendi porque fecharam a porta às 13h30 com a gente na frente, dava tempo da nós termos entrado, porque a prova não começou às 13h30. Estou bem chateada, eu me programei, estudei, tinha tanta esperança que podia ter uma chance de entrar", disse Ângela desesperada.

Ao não conseguirem entrar, muitos dos candidatos cobraram a presença de um fiscal para encontrar uma alternativa ou dar um parecer. Dois fiscais compareceram no local por volta das 14h20 e disseram que lamentavam e questão de atraso não dava para debater.

Após uma breve discussão e revolta, os candidatos desistiram e foram embora, e a Universidade colocou guardas na frente do AT7.

CONCURSO

Universidade Federal de São Carlos abriu concurso para 20 vagas de assistente administrativo nos campi de Araras, Sorocaba, Lagoa do Sino e São Carlos. Para o campus de São Carlos eram oferecidas 16 vagas, três delas reservadas para negros (Lei nº 12.990/2014) e uma para pessoa com deficiência (Decreto nº 3.298/1999). Nos campi de Araras, Lagoa do Sino e Sorocaba os candidatos disputarão as outras quatro vagas somente na modalidade ampla concorrência.

Leia Também

Últimas Notícias