sexta, 29 de março de 2024
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Bolo em homenagem a Santa Luzia atinge 30 metros

Fieis lotam igreja para participar de missa celebrada pelo bispo da Diocese de São Carlos, D. Paulo Cezar Costa

13 Dez 2017 - 13h33
Foto: Jaqueline Pepino - Foto: Jaqueline Pepino -

A quarta-feira, 13, dedicada a Santa Luzia, está sendo muito especial para os fieis que acompanham a programação religiosa que está sendo realizada na paróquia que leva o nome da santa, no Jardim Paulistano.

Os eventos religiosos tiveram início às 7h30 com a bênção do bolo de Santa Luzia que este ano atingiu 30 metros e até às 10h, 16 metros já haviam sido vendidos.

Às 8h, iniciaram-se as missas. A primeira do dia foi celebrada pelo bispo da Diocese de São Carlos, D. Paulo Cezar Costa. Fieis lotaram as dependências do templo religioso.

Às 10h, aconteceu a segunda missa, comandada pelos párocos Sérgio Antônio Pereira Leonel e Edson Aparecido Franco Godoy. Às 14h, o padre Antônio de Marcos Filho será o responsável pela celebração da terceira missa do dia. Às 16h, o padre José Luís Beltrame comanda mais um culto religioso e por fim às 19h, a última missa do dia, tendo como pároco responsável, Carlos Alberto Giacone. Paralelamente acontecerá uma procissão.

FINAL DE SEMANA AGITADO

As festividades em louvor a Santa Luzia segue sábado, 16, quando será realizada uma missa às 18h30 e a partir das 20h, um show de prêmios no salão de festas da paróquia.

Para encerrar a semana, domingo, 17, a partir das 12h, no salão de festas, um almoço cuja adesão será vendida a R$ 20 por pessoa. No cardápio, salada, massas, carnes, feijão, arroz temperado. Bolo como sobremesa. A pessoa se serve à vontade. Música ao vivo a cargo do grupo Hesed, da própria paróquia.

De acordo com Daniel Alessandro de Souza, secretário da Igreja Santa Luzia, o que for arrecadado com a venda dos pedaços de bolo, show de prêmios e almoço será revertido para a manutenção da paróquia.

A SANTA, PROTETORA DOS OLHOS

Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.

Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.

Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de Santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também. (Fonte: Canção Nova)

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