A agressão sofrida pela travesti Bruna, 21 anos, em uma mata na região do Antenor Garcia gerou polêmica e provocou nota de repúdio por parte da Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Carlos.
No início da tarde desta terça-feira, 2, o promotor de eventos Emerson Pavani, 45 anos, presidente da associação e membro do Conselho da Diversidade Sexual da Prefeitura Municipal de São Carlos concedeu entrevista ao São Carlos Agora e não escondeu a sua indignação e revolta, aliado a medo e sensação de humilhação devido ao crime ocorrido na tarde de sexta-feira, 26.
“As agressões que Bruna sofreu caracteriza transfobia (descaracterizar a identidade da pessoa). É muito ódio e violência. Por isso elaboramos esta nota”, disse Pavani. “Fica a sensação de insegurança, pois sentimos a ausência de justiça nesses casos onde há pessoas que integram nossa comunidade. Fica ainda a sensação de muita humilhação”, desabafou Pavani.
INDIGNAÇÃO
O promotor de eventos salientou ainda que os membros que integram a associação estão indignados. Afirmou que as atividades estão paradas devido a pandemia da Covid-19, mas garantiu que haverá cobranças junto a Secretaria Municipal de Segurança Pública e às autoridades policiais para que se faça justiça.
“Queremos que os responsáveis pela tortura em Bruna sejam julgados com o rigor da lei”, resumiu Pavani.
A NOTA
Abaixo, a íntegra na nota de repúdio da associação são-carlense:
A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Carlos, vêm a público REPUDIAR os ataques contra à população LGBTQIA+ no município de São Carlos - SP, em especial à transexual BRUNA que foi covardemente agredida no dia 26 de fevereiro deste ano, assim, cobramos da Secretaria de Segurança Pública através da Polícia Civil do município, providências imediata e de rigor, na forma e nos termos da lei.
Atenciosamente,
APOGLBT São Carlos”