quinta, 28 de março de 2024
Brasil

Nas eleições de 2014 é preciso ser consciente

25 Set 2014 - 16h58Por araraquara.com

Entre panfletos, cavaletes, santinhos físicos e virtuais, propaganda política na tevê e no rádio, além de muita discussão nas redes sociais, um pedido parece fazer eco para as eleições deste ano: “Vote de forma consciente”.

Mas como fazer isso já neste dia 5 de outubro? Sobram teorias sobre o assunto. Porém, um ponto comum é a informação: se o eleitor decidir se informar, ele tem chances de fazer um melhor uso de seu voto.

Segundo a professora de Ciências Sociais Flávia Ferreira, uma pessoa bem informada é capaz de escolher bem seus representantes. “O cidadão tem de saber como funciona cada poder para cobrar dos representantes públicos, os políticos, o cumprimento das suas obrigações. Essa cobrança deve ocorrer antes, durante e depois das eleições”, afirma.

O assistente administrativo Renato Domingues Júnior, 21 anos, irá às urnas pela primeira vez nesse pleito — e quer fazer bonito.

Assim, em busca de um “voto consciente”, ressalta que uma observação detalhada do perfil dos candidatos é o melhor remédio contra os males que afetam a política nacional durante tanto tempo.

“É fundamental que a gente faça opções por indivíduos que possuam um passado limpo, com propostas sérias e viáveis em diversas áreas e com benefícios para todas as classes sociais”, opina.

Correr atrás

Para Silas Nogueira, professor de Sociologia e Ciência Política e pesquisador do Celacc (Centro de Estudos Latino-Americanos em Comunicação e Cultura-SP), procurar informação de qualidade sobre os candidatos faz a diferença na hora de escolher seu candidato. Ele sugere conhecer a plataforma política apresentada pelo candidato e as propostas que pretende implantar assim que eleito, além da conferir a trajetória do político e seu histórico de conquistas ou mesmo polêmicas.

Vale também bancar o “detetive” para avaliar o candidato quanto ao trato com a “coisa pública” e, principalmente, se os interesses do político são os mesmos da população em geral.

Por conta disso tudo, Domingues Júnior acredita que a campanha política é um momento impróprio para brincadeiras. “Não dá para levar a sério quem se fantasia ou grita na propaganda. Está em jogo nosso futuro: precisamos ter a consciência de que isso influencia e interfere diretamente na vida de todos nós por, no mínimo, quatro anos”, salienta.

Para a empresária Heloísa Peterson Luque Polegato, essa fiscalização contínua é uma coisa utópica. “Esse é um processo inviável, a gente tem uma vida para tocar fora da política, nossos negócios, nossa casa, etc. O que dá para fazer é acompanhar notícias e estar atento para não acabar enganado e confiar em uma pessoa que está envolvida em escândalos de corrupção e afins”, diz.

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