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Estudo mostra que oito a cada 10 pacientes com câncer de cabeça e pescoço são ou já foram tabagistas

17 Jul 2015 - 14h21

Um levantamento realizado pelo Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), mostra que 80% dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no hospital são ou já foram tabagistas. Desses pacientes, 60% são homens.

Dentre as diversas neoplasias que podem ser desenvolvidas devido ao uso de cigarros estão as que se manifestam na região da cabeça e pescoço. Dos pacientes tratados no setor, 60% são acometidos por tumores localizados na boca e 40%, na faringe ou laringe. O estudo aponta ainda que as ocorrências são mais frequentes em pessoas acima de 50 anos.

Além do tabagismo, o etilismo (consumo excessivo de álcool) também está associado ao desenvolvimento desse tipo de câncer. O consumo das duas drogas juntas pode aumentar em 20 vezes as chances de uma pessoa desenvolver esse tipo de tumor.

Entre os sintomas manifestados estão: manchas brancas na boca, dor, lesão ulcerada ou com sangramento e cicatrização demorada, nódulos no pescoço presentes por mais de duas semanas, mudanças na voz ou rouquidão persistente e dificuldade para engolir.

Apesar do grande número de casos, o potencial de prevenção da doença é alto, devido a sua relação inerente com o tabagismo e etilismo. Medidas simples como não fumar e nem consumir bebidas alcoólicas em excesso, além de dar preferência a alimentos pobres em gordura e ricos em fibras, ajudam a evitar o desenvolvimento dos tumores.

Especialistas orientam também que as pessoas se habituem a examinar sua boca regularmente, já que, se detectadas na fase inicial, as neoplasias apresentam até 80% de chances de cura.

O Instituto do Câncer realizou ao longo de 2014 cerca de 6.800 consultas no setor, marca que representa quase o dobro de atendimentos do ano anterior, quando esse número girava em torno de 3500.

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