sexta, 19 de abril de 2024
Rumo à greve geral

CUT organiza novo protesto para o dia 30 de maio

23 Mai 2019 - 09h08Por Marcos Escrivani
CUT organiza novo protesto para o dia 30 de maio - Crédito: Agência Brasil Crédito: Agência Brasil

A direção executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou uma nota onde chama os trabalhadores para participar de uma mobilização nacional com intuito de convocar uma greve geral, marcada o dia 14 de junho contra a reforma da Previdência. O primeiro ato seria uma mobilização em todo o país no dia 30 de maio.

"Orientamos os sindicatos a somarem forças com os estudantes e professores na luta pela revogação de cortes e em defesa da educação pública, universal e de qualidade, em todos os níveis", disse um trecho da nota divulgada pela CUT.

A entidade sindical trabalhista destacou no informativo a importância da mobilização ocorrida em todo o Brasil no dia 15 de maio e que o fato “teria mudado o quadro político do país” e por este motivo seria fundamental desenvolver ações junto aos trabalhadores e população como a coleta de assinaturas para abaixo assinado contra a reforma da Previdência, panfletagem e intensificar a pressão em deputados e senadores.

"[As entidades] devem mobilizar suas bases para engrossarem as manifestações do dia 30 de maio, somando à defesa da educação as bandeiras que hoje colocam a classe trabalhadora e setores cada vez mais amplos da sociedade em movimento contra as políticas do governo Bolsonaro",  diz a nota.

A INTEGRA

Abaixo, a íntegra da nota divulgada pela executiva da CUT:

30 DE MAIO

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DO EMPREGO

NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA

RUMO À GREVE GERAL EM 14 DE JUNHO

No dia 15 de maio, mais de um milhão de pessoas saíram às ruas em defesa da educação e contra a reforma da Previdência. Foi a maior mobilização de massa contra o atual governo, realizada em mais de 200 cidades do país, incluindo todas as capitais.

O evento mudou o quadro político, demonstrando o descontentamento de setores crescentes da população contra o governo Bolsonaro. Renovou, ao mesmo tempo, a energia para continuarmos o trabalho com nossas bases, estreitando as relações com os movimentos populares e setores da sociedade contra a reforma da Previdência, em defesa da educação pública, do emprego e da soberania nacional, acumulando forças para a realização da greve geral no dia 14 de junho.

O dia 15 de maio aconteceu no rastro de um processo crescente de mobilizações que teve início em 8 de março, passando pelas manifestações de 22 de abril, pela comemoração do 1º de maio e que terá no próximo dia 30 de maio mais um grande momento de luta. Articulado pela CNTE, o 15 de maio foi organizado em muitas regiões e cidades pelos sindicatos dos professores.

A pauta em defesa da educação e contra a reforma da Previdência ganhou amplo apoio, com o anúncio de cortes de verbas para o setor. Foi assumido pela CUT como preparação à greve geral de 14 de junho, num processo semelhante ao ocorrido em 2017, quando conseguimos barrar a reforma da Previdência. 

É fundamental que o movimento sindical continue mobilizado, desenvolvendo ações contra a reforma da previdência. Devem intensificar a coleta de assinaturas para o abaixo assinado contra a reforma, fazendo panfletagem e usando os instrumentos disponíveis, como o “aposentômetro” do Dieese, para esclarecer a população contra seus efeitos nefastos.

Devem, igualmente, intensificar a pressão sobre os deputados em suas bases eleitorais – pressão sobre vereadores, prefeitos e cabos eleitorais – denunciando os apoiadores da reforma como inimigos da classe trabalhadora. Na mesma linha, orientamos os sindicatos com base nas capitais a continuarem organizando “trancaços” nos aeroportos para recepcionar deputados, assim como a utilizarem as redes sociais e rádios comunitárias para divulgar os passos da luta e ampliar a comunicação com a sociedade.

Devem ainda organizar plenárias com representantes das centrais sindicais, movimentos populares, estudantis e religiosos com o objetivo de traçar linhas articuladas de trabalho visando a mobilização e organização da greve geral. Os sindicatos devem também promover assembleias e plenárias nas sedes e nos locais de trabalho com o mesmo objetivo. Essa é uma tarefa fundamental para o sucesso da greve.

Finalmente, orientamos os sindicatos a somarem forças com os estudantes e professores na luta pela revogação de cortes e em defesa da educação pública, universal e de qualidade, em todos os níveis. Devem mobilizar suas bases para engrossarem as manifestações do dia 30 de maio, somando à defesa da educação as bandeiras que hoje colocam a classe trabalhadora e setores cada vez mais amplos da sociedade em movimento contra as políticas do governo Bolsonaro.

Direção Executiva da CUT

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