quarta, 24 de abril de 2024
Forte pressão

Associação de Supermercados emite nota e esclarece aumento dos preços dos itens da cesta básica

04 Set 2020 - 07h33Por Marcos Escrivani
Setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços - Crédito: Marcelo Camargo/Agência BrasilSetor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços - Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que representa as 27 associações estaduais afiliadas emitiu na tarde desta quinta-feira, 3, uma nota no sentido de esclarecer aos consumidores, os motivos que levaram os estabelecimentos comerciais a aumentarem os preços de itens da cesta básica em tempos da pandemia da Covid-19.

Na nota, o setor supermercadista vê essa conjuntura com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população brasileira.

Dentre os motivos, segundo a Abras, está a mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal.

Abaixo, a íntegra da nota emitida pela associação:

Preços dos itens da cesta básica

O setor supermercadista tem sofrido forte pressão de aumento nos preços de forma generalizada repassados pelas indústrias e fornecedores. Itens como arroz, feijão, leite, carne e óleo de soja com aumentos significativos. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que representa as 27 associações estaduais afiliadas, vê essa conjuntura com muita preocupação, por se tratar de produtos da cesta básica da população brasileira.

Conforme apuramos, isso se deve ao aumento das exportações destes produtos e sua matéria-prima e a diminuição das importações desses itens, motivadas pela mudança na taxa de câmbio que provocou a valorização do dólar frente ao real. Somando-se a isso a política fiscal de incentivo às exportações, e o crescimento da demanda interna impulsionado pelo auxílio emergencial do governo federal.

Reconhecemos o importante papel que o setor agrícola e suas exportações têm desempenhado na economia brasileira. Mas alertamos para o desequilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado interno para evitar transtornos no abastecimento da população, principalmente em momento de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). 

O setor supermercadista tem se esforçado para manter os preços normalizados e vem garantindo o abastecimento regular desde o início da pandemia nas 90 mil lojas de todo o país.

A Abras tem dialogado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento. Apoiamos o sistema econômico baseado na livre iniciativa, e somos contra às práticas abusivas de preço, que impactam negativamente no controle de volume de compras, na inflação, e geram tensões negociais e de ordem pública.

Nesta quinta-feira (3), a Abras comunicou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sobre os reajustes de preços dos itens citados acima, com o intuito de buscar soluções junto a todos os participantes dessa cadeia de fornecedores dos produtos comercializados nos supermercados.

E continuará buscando oferecer aos consumidores, opções de substituição dos produtos mais impactados por esses aumentos.

Associação Brasileira de Supermercados 3/9/2020

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