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Delegado diz que jovem assassinada em canavial de Araraquara pode não ter sido violentada; suspeito continua foragido

07 Mar 2014 - 10h05
Elton, principal acusado, ao lado de Vanessa. - Elton, principal acusado, ao lado de Vanessa. -

O delegado Elton Hugo Negrini da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) informou que acompanhou a necropsia no corpo da vendedora Vanessa Ângelo Teixeira de Oliveira, de 21, que foi assassinada na noite da última quarta-feira (5) em Araraquara. Ele disse que a jovem recebeu 22 facadas que atingiram seus braços, cabeça, pescoço e tórax. Segundo ele os médicos legistas confirmaram que a garota não teria sido violentada, porém a pedido da DIG eles recolheram materiais para análises. Negrini disse que ainda não encontrou explicação para tal atrocidade e aponta o padrasto de Vanessa, o desempregado Elton Renato Nunes Francisco, 34, como o principal suspeito pelo crime.

Elton vive de “bicos” e era a esposa dele que trabalha como cozinheira e a afilhada Vanessa, que era vendedora da loja Casa & Coisa, no Shopping Jaraguá que sustentavam a casa. O delegado informou que tanto integrantes de sua equipe, quanto a do delegado Fernando Teixeira Bravo estão na cidade e também na região tentando localizar o veículo usado pelo desempregado.

Desaparecimento

Mãe de Vanessa não se conforma com a morte da filha.Na noite da última quarta-feira, por volta das 21h45, a cozinheira Márcia Ângelo Teixeira Francisco, 40, como de costume pediu para que o companheiro Elton, apanhasse o carro da família, o Corsa Super, 2000, branco, placas KLX 0353 - Araraquara e fosse até o shopping Jaraguá buscar a enteada que deixaria o trabalho por volta das 22 horas. Estranhamente o padrasto de Vanessa apanhou as chaves do carro, os documentos do veículo e sua carteira e batendo nos móveis olhou para Márcia e disse: “hoje eu estou com o bicho no corpo” e saiu.

Pressentimento

Já por volta das 23 horas percebendo que Elton não regressava com Vanessa, Márcia, já prevendo que algo poderia estar ocorrendo ligou para o celular da filha que estava sem sinal. Ela também teria tentado falar com Elton que também estava sem comunicação e a partir das 23h30 seu coração de mãe pressentia que a filha estava em perigo e comunicou a mãe que reside na casa da frente com Vanessa e ambas entraram em desespero. Ouvida pela reportagem a cozinheira disse que a madrugada foi a mais longa de sua vida e sem ter como encontrar o carro com o marido ela recorreu aos parentes que a auxiliaram, porém também sem sucesso. Pelo início da manhã a Polícia Militar foi alertada sobre o desaparecimento da vendedora e do padrasto.

Localização do corpo

Vanessa na formatura do curso de comissária de bordo.Após 11 horas de buscas a cozinheira tomou conhecimento pela irmã que um sitiante de 25 anos ligou para a Polícia Militar informando que próximo a casa de Emaus (templo religioso) na região do quilometro 268 da  rodovia Washington Luís teria encontrado o corpo de uma mulher jovem jogado em um carreador de cana. Rapidamente os PMs seguiram para o local apontado onde acabaram encontrado o corpo de uma jovem. Um dos familiares de Vanessa foi levado ao local e reconheceu o cadáver. Ela estava seminua e vestia uniforme de trabalho, porém os peritos não quiseram dar nenhuma versão sobre um suposto estupro.

O delegado Elton Hugo Negrini informou que desapareceram o celular de Vanessa, bem como parte de seus documentos, além de seu cartão de crédito. O caso foi registrado no final da manhã como homicídio qualificado com emprego de meio cruel.
No início da noite a cozinheira concordou em falar com a reportagem do SCA e tomada pela dor e muita revolta desabafou dizendo ter certeza que o esposo esteja vivo e fora de Araraquara, bem como teria sido ele quem matou Vanessa, sua única filha, por motivos ainda inexplicáveis. Segundo ela, a filha se preparava para prestar vestibular e tinha o sonho de ser médica. Márcia diz que Vanessa concluiu um curso de aeromoça e trabalhava em uma loja no Shopping Jaraguá.

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