quinta, 28 de março de 2024
Sob investigação

São-carlense confirma que estava no RJ, mas nega participação em assassinato de turista catarinense

14 Dez 2018 - 12h49Por Marcos Escrivani
São-carlense confirma que estava no RJ, mas nega participação em assassinato de turista catarinense - Crédito: Maycon Maximino Crédito: Maycon Maximino

O são-carlense M.A.S., 21 anos, acusado de participar do assassinato da empresária catarinense Fabiane Fernandes, de 32 anos, ocorrido no dia 18 de novembro, na trilha da Cabocla, no Arraial do Cabo, região dos Lagos Fluminense, no Rio de Janeiro afirmou que é inocente.

Após ser detido na manhã desta sexta-feira, 14, em uma clínica de recuperação de dependentes químicos em Analândia, afirmou em entrevista que estava no local onde Fabiane foi morta. Mas negou participação.

M.A.S. afirmou que estaria próximo ao local, acampado e aprendendo a fazer artesanato. “Estava próximo. Mas não conheço e nunca vi ela. Só pela TV”, disse. “Tava com um hippie. Voltei para casa quando minha mãe disse que estava passando mal”, afirmou, salientando que estava com um tablete e vendeu para comprar passagem para retornar para São Carlos, onde garante estar há aproximadamente 25 dias. “Sou inocente, quero falar com minha mãe”, disse no final da matéria, após se calar.

AQUINO: “SE ENTREGOU SEM REAÇÃO”

Após concluir a detenção de M.A.S., o delegado Gilberto de Aquino, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) disse que ele se entregou sem reação e confirmou que estava no Rio de Janeiro em companhia de um hippie apelidado de Jamaica. Ambos são suspeitos de estuprar e assassinar com requintes de crueldade Fabiane Fernandes.

“Ele (M.A.S.) afirmou que estava perturbado após um desencontro amoroso. Afirmou aos seus familiares que iria para Campinas onde possui parentes. Lá conheceu esse tal de Jamaica e foram até o Arraial do Cabo onde ficaram acampados e foram expulsos pela Polícia Florestal. Contudo, nega participação no crime”, disse Aquino.

Sobre o fato de sofrer transtorno bipolar, Aquino afirmou que irá esperar laudo médico. “Posso adiantar apenas que ele não possui antecedentes”.

De acordo com o delegado da DIG, o próximo passo agora da Polícia Civil é levantar as datas exatas da chegada de M.A.S. a São Carlos e apurar quando foi internado na clínica. “Temos que apurar todos os detalhes e fornecer ao dr. Michel Floroschk, delegado do Rio que acompanha o caso”, disse.

VINTE DIAS

O delegado carioca Michel Floroschk afirmou que mais 20 dias serão suficientes para concluir a investigação e pedir a prisão preventiva dos envolvidos. “Acredito na condenação”, afirmou.

Segundo ele, o crime que culminou com a morte de Fabiane Fernandes, mãe de uma criança de 9 anos e que cuidava de sua mãe, que tinha problemas de saúde, abalou o Rio de Janeiro.

“A cidade é turística e uma mulher que foi a passeio, foi brutalmente assassinada e violada. É um crime bárbaro e que nos deixa chateado. Mas vamos trabalhar para punir os culpados”, garantiu.

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