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Polícia

Levantamento revela que São Carlos tem menos policiais civis do que Araraquara

04 Dez 2007 - 19h04Por Redação São Carlos Agora
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A Delegacia Seccional de Araraquara, que atende 19 municípios, tem um déficit de pelo menos 39 homens, entre investigadores, delegados, escrivães e agentes de polícia. O quadro atual é de 220 funcionários e, com os 39 a mais, seria possível atender à comunidade e dar conta das investigações, que hoje estão comprometidas, conforme matéria publicada recentemente pela Tribuna. A estimativa é do Sindicato dos Investigadores do Estado de São Paulo, que fez um levantamento sobre todas as seccionais do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-3) de Ribeirão Preto, e apontou uma má distribuição do efetivo, principalmente no que diz respeito à falta de homens em todas as cidades. No Deinter, haveria a necessidade de, no mínimo, mais 385 policiais para suprir a defasagem. O comando regional nega.

Apesar dos problemas levantados pela reportagem há algumas semanas, como a paralisação de algumas investigações e a sobrecarga com o transporte de presos, a seccional de Araraquara está bem colocada no ranking, de acordo com o sindicato. João Batista Rebouças, presidente do órgão, explica que o mapeamento toma como base informações passadas pelas associações locais. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) nega que haja problemas relacionados na cidade.

“Temos conhecimento que a violência migrou muito da Capital para o Interior e as cidades não receberam o reforço necessário”, diz o sindicalista. Os dados ainda podem ser muito piores, na avaliação de Rebouças, pois esses números são absolutos e não levam em conta o quadro de férias, afastamentos e aposentadorias recentes. Hoje, o Sindicato estima que o Estado tenha 35 mil homens, com defasagem de dez mil policiais. Dos municípios analisados, Araraquara precisaria de um número menor de homens.

Independente disso, a seccional enfrenta um problema com a falta de delegados, principalmente, nas cidades de menor porte. O levantamento da categoria dos investigadores aponta para a existência de 38 chefes de distritos e a falta de dez profissionais. Em Gavião Peixoto, não existe delegado fixo e o trabalho é atendido pelo chefe da Polícia Civil de Nova Europa. Situação idêntica ocorre em Santa Lúcia, na qual o delegado também responde em companhia de um colega, em Américo Brasiliense.
No levantamento feito pelo sindicato, São Carlos, por exemplo, tem 148 policiais e defasagem de 46. Já Franca, que possui um perfil semelhante a Araraquara, contaria 266 civis e ainda precisaria de mais 41 para atender bem a comunidade.

A situação é semelhante nas delegacias seccionais de Barretos, Bebedouro, Sertãozinho e São Joaquim da Barra, que têm somente 75 policiais e precisariam de outros 49 para dar conta das investigações naquela região. Ribeirão Preto teria 358 policiais e defasagem de outros 69.O delegado Anivaldo Registro, do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-3), que fica em Ribeirão Preto e representa mais de 90 municípios, não confirma os números apresentados pelo Sindicato dos Investigadores, mas reconhece que existe defasagem no quadro de policiais civis. Para o sindicato, em toda a regional, estão trabalhando 188 delegados, mas deveria haver 213 nas contas do Deinter. O total de investigadores também está abaixo do número real. São 637 na lista do sindicato contra 660 do total previsto no quadro policial. João Batista Rebouças não menciona os agentes de telecomunicação e os carcereiros.

Para Registro, em muitas cidades, entre elas, na seccional de Araraquara, esses profissionais passaram a auxiliar as investigações com a desativação das cadeias. Isso ocorre em Ibitinga, Itápolis, Matão e Taquaritinga. O delegado seccional de Araraquara, Valmir Granucci, sabe das dificuldades enfrentadas para dar conta do transporte de presos e dos plantões diários, por isso, admite que tem “necessidade de recursos humanos”, ou seja, de mais efetivo. “Temos recebido ao longo do tempo alguns policiais e recebemos a notícia de que novos concursos devem ser abertos e uma nova turma de delegados será formada em janeiro”, diz o seccional. 
Deinter não confirma números O delegado Anivaldo Registro, do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter-3), que fica em Ribeirão Preto e representa mais de 90 municípios, não confirma os números apresentados pelo Sindicato dos Investigadores, mas reconhece que existe defasagem no quadro de policiais civis. Para o sindicato, em toda a regional, estão trabalhando 188 delegados, mas deveria haver 213 nas contas do Deinter. O total de investigadores também está abaixo do número real. São 637 na lista do sindicato contra 660 do total previsto no quadro policial. João Batista Rebouças não menciona os agentes de telecomunicação e os carcereiros.

Para Registro, em muitas cidades, entre elas, na seccional de Araraquara, esses profissionais passaram a auxiliar as investigações com a desativação das cadeias. Isso ocorre em Ibitinga, Itápolis, Matão e Taquaritinga. O delegado seccional de Araraquara, Valmir Granucci, sabe das dificuldades enfrentadas para dar conta do transporte de presos e dos plantões diários, por isso, admite que tem “necessidade de recursos humanos”, ou seja, de mais efetivo. “Temos recebido ao longo do tempo alguns policiais e recebemos a notícia de que novos concursos devem ser abertos e uma nova turma de delegados será formada em janeiro”, diz o seccional. Fonte: Tribuna Impressa

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