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Polícia

Enfermeiro é encontrado morto com requintes de crueldade

25 Abr 2007 - 12h05Por Redação São Carlos Agora

O enfermeiro da Santa Casa, Francisco das Chagas Soares Silva de 34 anos, mais conhecido como Chiquinho foi encontrado morto ontem de manhã no interior do cômodo onde residia no Parque Industrial, região norte de cidade. O bárbaro crime com requintes de crueldade pode ter ocorrido durante o final de semana. Silva foi visto com vida pela última vez no sábado. Seu corpo foi encontrado em baixo da cama, com várias perfurações no pescoço e uma tesoura cravada na boca. De acordo com a locatória do imóvel onde o enfermeiro residia, o mesmo era homossexual e mantinha contatos com algumas pessoas pela internet e que ele não tinha parceiros fixos nos últimos tempos. Alguns detalhes chamaram a atenção dos policiais que estiveram no local. Primeiro a porta de acesso ao quarto, localizado no andar superior da casa estava trancada pelo lado de dentro. Já a porta da sacada que dá acesso a rua estava aberta. Provavelmente o assassino fugiu por esta porta. Há sinais de que a vítima entrou em luta corporal com seu agressor, já que foram encontradas manchas de sangue em uma vassoura e nos lençóis da cama. O corpo do enfermeiro foi deixado embaixo da cama com um travesseiro na cabeça. O crime pode ter sido passional devido ao suposto envolvimento que Silva mantinha com alguns parceiros e também pela violência empregada, uma das características nestes tipos de crimes.O encontro– A Polícia Militar foi alertada sobre o encontro do cadáver por volta das 10h30. A dona da casa onde o enfermeiro morava a cerca de oito meses, na rua Rodolfo Luporini, 685, Parque Industrial, declarou que estava estranhando o fato de Silva ter desaparecido desde sábado e ter deixado na frente da casa, seu Uno, branco, placas BGB 7481 – São Carlos. “Ele nunca saia sem o carro e quando isso acontecia, deixava ele guardado aqui na garagem”. Na segunda-feira, ela se dirigiu até o 5º Distrito Policial da Santa Paula para comunicar o desaparecimento do enfermeiro. A proprietária do imóvel disse que viu ele pela última vez na sexta-feira, mas que no sábado ele teria trabalhado normalmente.Ontem de manhã, ela comentou o desaparecimento do inquilino com um vizinho que é policial. Ao verificar o interior do carro, foi visto o telefone celular da vítima. Este policial e a dona da casa perceberam que a porta da sacada estava aberta. Ele subiu na sacada e deparou com o corpo de Silva embaixo da cama todo ensangüentado. De imediato a Polícia Militar foi acionada e enviou viaturas para o local. Os PMs, verificaram que a porta do cômodo estava trancada, eles então subiram pela sacada e depararam com Silva sem vida, com o rosto deformado e uma tesoura doméstica cravada na boca.O local foi imediatamente isolado até a chegada do delegado Aldo Donisete Del Santo e equipe do 5º Distrito Policial da Santa Paula e peritos do Instituto de Criminalística de São Carlos. O São Carlos Agora acompanhou o trabalho da Polícia e verificou que havia muito sangue em baixo da cama onde estava o corpo, mas poucas nas roupas de cama. Após a chegada dos peritos o corpo foi retirado do local e analisado. Foram encontrados alguns ferimentos perfurantes no pescoço da vítima e suspeitas de fraturas em um dos braços. Alguns objetos foram recolhidos pelos investigadores do 5º DP para serem analisados. Já o IC recolheu a tesoura e uma vassoura que apresentava manchas de sangue. Os locatários do imóvel disseram que Silva era um bom rapaz, alegre e que nunca havia arrumado confusão ou problemas na casa. Indagados sobre as visitas que ele costumava receber, os mesmo disseram que eram de enfermeiras e enfermeiros da Santa Casa onde ele trabalhava. Nos últimos dias nenhum movimento ou barulho anormal foi percebido pelos moradores da casa em baixo do cômodo onde o enfermeiro residia.Do lado de fora do prédio muitos curiosos e algumas pessoas que conheciam o enfermeiro ficaram observando o trabalho da Polícia. Somente por volta das 11h45 o corpo foi liberado para a funerária de plantão que providenciou o recolhimento do cadáver até o Instituto Médico Legal onde seria submetido a exames necroscópicos. A Polícia vai aguardar a chegada de familiares da vítima que residem no estado do Maranhão para colher maiores informações sobre a vida do rapaz e libera-lo para o funeral. A Polícia também está tentando identificar e localizar algum dos últimos parceiros do enfermeiro para apurar se ele vinha sofrendo algum tipo de ameaças. As investigações ficaram a cargo da equipe do delegado Aldo Donisete Del Santo.

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